
A Fonte de Hécate
Por Kenneth Grant, Hecate’s Fountain, Parte Três: A Sombra Externa, Capítulo Um. Tradução de Ícaro Aron Soares, @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.
Paralelo com a Corrente Dzyan-AL-Necronomicon, que transmitiu à Terra (Malkuth) as influências transyuggothianas de Nova Ísis, está o Livro de Méon. Seu sumo sacerdote, Michael Bertiaux, descreve-o como um Grimório Gnóstico Satânico. O livro tem extensos comentários, alguns dos quais aparecem periodicamente nas numerosas comunicações e lições divulgadas pelo Culto de la Couleuvre Noire, e a Irmandade Mágica dos Kalinagas, embora sua fonte central seja o Clube Choronzon, com sede na Zona Malva (Daath).
Peneirei muitas centenas de páginas que tratam da Física Védica, Vúdica, Tântrica e Maatiana, apresentadas por esses grupos. A presente seção é uma tentativa de integrar os comentários em um padrão consistente com o tratamento da fenomenologia do AL, do Necronomicon e de Nu-Ísis apresentada neste e nos volumes anteriores.
É necessário primeiro entender os papéis específicos de Aiwass, Achad, Aossic e Andahadna, e a relação deles com a metafísica do AL e dos mitos do Necronomicon como revelados por H. P. Lovecraft. O leitor é encaminhado, portanto, para Fora dos Círculos do Tempo, que contém um relato dessas papéis. Ficará então claro de que maneira a interpretação de Michael Bertiaux do Méon é relevante para a magia da Zona Malva e para o Necronomicon.
O Necronomicon incorpora a Corrente dos Grandes Antigos. Seu determinante cabalístico é 555, o número de OPThH, ‘obscuridade’, ‘escuridão’. Crowley atribuiu a este número, o Liber Had, que ele descreve como uma instrução para alcançar Hadit. [1]
A própria Corrente 93 é atribuída ao número 666; e os Profundos, representados por Dagon e Cthulhu, energizam a Corrente 777. A Besta retoma ambas essas Correntes, unindo assim os dois aspectos do Vazio, ou Abismo, representado pelo Ar [2] e pela Água. [3] Em seu avatar masculino – Shugal [4] – a Besta é una com o Oceano do Espaço nas formas elementares do Ar e do Fogo. Em seu avatar feminino – Choronzon [5] – ela é una com os Túneis de Set, e com o sangue da Lua, Terra e Água, cujas contrapartes psíquicas são o Magnetismo e a Eletricidade. O ar é ojas, e o fogo é uma forma de relâmpago, cujo corpo é éter (akasha).
Este simbolismo interpenetra a doutrina dos Duplos Espaciais revelada na Loja Nova Ísis. A tese é que toda ideia projetada pela mente na dimensão terrestre (terra) tem um duplo no espaço (ar). Este duplo é refratado em n dimensões. Essências ideacionais são vibrações que se manifestam como cores no espectro, e além dele, e como kalas na forma-luz humana ou corpo-espaço que – sendo duplo na terra como masculino e feminino – é quádruplo no espaço, oito vezes nos sub-éteres, dezesseis vezes no éter (akasha), trinta e duas vezes na forma cósmica, sessenta e quatro vezes nas hierarquias hierofânticas dos Hexagramas, e duzentos e cinquenta e seis vezes em termos de consciência transcósmica do Akasha. Este último se formula como as vibrações estelares da Estrela de Set de 13 raios [7], que se reduz aos 4 (1 + 3) Duplos Espaciais originais.
Essas progressões revelam um grimório totalmente novo de grafias para invocar as energias do Aeon de Maat além do Tempo [8] e do Espaço. [9] Este é o grimório descrito na íntegra nestas trilogias.
A cor implica necessariamente espaço, que por sua vez implica tempo; portanto, as cores fora do espaço também estão fora do tempo. Elas são os kalas transakáshicos da sacerdotisa maatiana em sua fase vazia, Vyoma. Vyoma tem a enumeração 201, que é a da palavra caldeia AR, que significa ‘Luz’. AR é idêntica a RÁ, a Radiação Solar ou corrente solar-fálica, refletida no Espaço. 201 é 3x 67, Binah, como se fosse declarado: “A luz está selada no ventre de sua mãe”. [10] A palavra AR aparece no grimório contendo a fórmula para congressus cam Daemone [11] na qual é celebrada com as palavras: “Ó respirando, fluindo Sol!” A invocação aparece na seção referente ao elemento Ar, ou Espaço, que é concebido como “brilhante” e “habitado por um Pássaro Solar-Fálico, o Espírito Santo, de uma Natureza Mercurial”. [12]
A Deusa do Espaço é retrada como a negra Hadit, ou Aditi, cujas filhas, as Yoninis, são os 26 kalas e shaktis esotéricos. Bertiaux observa que “ser uma Yonini é ser tanto a plenitude do kala quanto a plenitude da shakti primordial.” As 26 yoninis estão arranjadas em uma mandala tríplice compreendendo os seguintes grupos: 13 Sacis, ou Sakhis, as “mais puras encarnações da energia divina”; 7 Rasis, essências mágicas; e 6 Adris, “pedras mágicas de pressão pelas quais os oráculos são extraídos do espaço primordial (Aditi)”. As Sacis são as companheiras do Senhor mencionadas pelos vaishnavitas do sul da Índia, e as Rasis são as encarnações femininas dos kalas exalados no Rasa Lila, o Passatempo da Felicidade Divina em que Krishna brinca com as leiteiras (gopis). As Adris são as contrapartes das pedras-do-trovão Vodu, as quais assobiam quando os espíritos se aproximam.
O número total de deusas, 26, é o número atribuído às zonas de poder do Pilar Médio da Árvore Sefirótica. É também o número da Palavra perdida que – está profetizado – será pronunciada por uma mulher, [13] cujo kala primordial é expresso através das vinte e seis yoninis dispostas na mandala. Bertiaux descreve essas deusas como o “ventre oracular primordial de todas as ciências e artes”.
A ciência do Aditi-yoga – “o sacratíssimo marga” [14] – é a base da Física Tântrica. É ensinado nos cultos esotéricos da Serpente Negra (Coulevre Noire) e da Serpente Vermelha (Coulevre Rouge). Trata da manifestação do princípio feminino no mundo do espaço e do tempo. Como tal, está “preocupado com as formas de energia que podem ser definidas como shakti; ou o poder da energia primordial que emana do Espaço (Aditi).”
O poder primordial, como shakti, é a energia básica ou raiz, Adishakti, que se manifesta através de uma matriz formulada de acordo com os vetores de energia feminina pulsando em todo o cosmos. “Há muitas matrizes em nosso sistema, mas há apenas uma matriz muito perfeita, cuja existência foi sugerida no artigo sobre as línguas angélicas.” Como o artigo em questão não é para circulação geral, não o cito, [15] mas a shakti básica à qual é feita referência é a Adishakti, tipificada pelo Espaço em suas duas formas, Akasha e Vyoma. No sistema hindu dos Tattvas, o Akasha é representado por um ovoide negro sugerindo os abismos negros além do Universo conhecido. Ele registra em suas profundezas até o mais leve pensamento vibrando através do cosmos. Como Vyoma, este espaço reflete o Akasha com suas infinitas modificações do não-ser que formam a base da Existência. É o vazio que dá origem à vertigem do terror na psique humana. Em um artigo emitido pelo Clube Choronzon, Michael Bertiaux escreve:
“Em algum lugar profundamente enraizado na consciência da humanidade existe a objetivação absoluta do terror psíquico. Este ponto é a base para a penetração total e inflexível do instinto do homem para o horror cósmico… Não há nada que possa impedir a mente de um homem de chegar finalmente a esta experiência de horror, mas, paradoxalmente, parece que sobrevivemos…”
“Temos uma maneira de lidar com este fato, não em termos do que é, pois isso é impossível, mas em termos de como criamos uma energia em nossas próprias experiências mágicas que atua de maneira paralela aos efeitos de caos primordial sobre a consciência do homem. Este método é a técnica secreta do Clube Choronzon, o atalho para a iniciação que foi provado por muitos magistas… que o mundo interior pode lidar com este problema, mesmo que não possa compreendê-lo totalmente ou de qualquer forma… Este sistema consiste em construir “o egoísmo alternativo” absoluto, o ego alternativo de pura magia que surge de todo o caos auto-imposto de nossas próprias vidas e sistemas de valores irracionais. Pois mesmo a individualidade do instinto animal deve ser transformada por esse método”.
“O novo método levará ao reino da pura criatividade na vida do magista, para que ele não seja forçado a sentir terror quando se aproximar do limite.”
Bertiaux prossegue observando que
“o Gnosticismo Satânico, o Maniqueísmo existencial ou a admissão do caráter totalmente radical do ser… foram tentativas muito corajosas e muito sábias de aceitar a base caótica da realidade e da idealidade”.
“A visão oposta será destruída internamente pela nova técnica que está sendo emanada de nosso sistema de gnose…
Há apenas um caminho final para fora e além de tudo o que procura nos restringir ao mundo social gerado por animais de estupidez, e esse é o próprio método do limite. Este é o método que ensinamos.”
O limite do abismo; o limite da Zona Malva; do Deserto Carmesim de Set; o mesmo limite para a qual os Grandes Antigos têm guiado o espírito humano por aeons de tempo; o limite, de fato, para o qual todos os sistemas genuínos de realização oculta, mística, espiritual ou mágica se preparam para conduzir seus aspirantes. Para o mundo moderno, é nas obras, particularmente, de escritores como Blavatsky, Crowley, Lovecraft, Castañeda, Bertiaux, que o Caminho foi traçado com ousadia e sutileza. Eles tiveram a coragem de se mover contra a corrente e, em alguns casos, sofreram descrédito por revelar abertamente a natureza do centro do homem como o Ponto Irracional além do qual está a Zona Mauva, esperando que a alma liberada ensaie o cruzamento. Em aeons passados, essa travessia havia sido efetuada para e em nome da humanidade por figuras de Cristo, como bodes expiatórios; por aqueles iniciados que não se importavam em deixar o mergulho final para o indivíduo não iluminado. As exigências dos tempos, entretanto, tornaram impraticável tal modo de evolução espiritual. [16] Um mergulho oblíquo súbito na estrutura do espaço-tempo projetou a humanidade em outra onda de tempo onde, pelos padrões temporais relativos à Terra, o tempo está diminuindo a um ponto além do qual as estruturas puramente mentais da consciência não podem passar. A escola de Bertiaux pode ser uma das primeiras a lançar uma corda salvadora da arca que desaparece enquanto ela dispara em direção às estrelas.
No que diz respeito ao terror na psique humana, o episódio seguinte ilustra até certo ponto os problemas concomitantes à erupção da “síndrome pré-abissal”. O episódio em questão apresentava um pequeno sino de mão confeccionado na região do Alto Volta (Burkina Fasso), não muito distante do Lugar das tribos Dogon onde estão preservados os mitos do tráfico humano com Sírius. [17] O sino é encimado pela imagem de um flautista que representa a Sagrada (Estrela) Polar no Monte Celestial. Rastejando pelas encostas do monte estão os zootipos sáurios dos Profundos. De acordo com o Mito Lovecraftiano, o deus Nyarlathotep exerce um fascínio peculiar em virtude de sua flauta. Ela compele não só os répteis e anfíbios, mas também os seres humanos, como testemunha o seguinte caso de possessão e cura; o mais notável que apareceu nos anais da Loja Nova Ísis.
Bemmel, um jovem noviço, estava prestes a ser introduzido na Loja pela costumeira cerimônia de admissão, quando ficou evidente que ele tinha uma aversão violenta à água. O rito de batismo da loja exigia que o Candidato mergulhasse sua mão esquerda em uma bacia de água. Com a mera ideia disso, a mão de Bemmel desapareceu dentro das mangas volumosas de seu robe cerimonial. No entanto, seu desejo de se tornar um membro da loja era tão forte que ele solicitou novamente a admissão, mas novamente não conseguiu passar a ‘ordália’. O Mestre de Loja naquele período era Frater Dagon, cujo nome compreensivelmente agitava Bemmel. Ele, portanto, pediu ‘condições especiais’ – a retirada da água e a nomeação de outro Irmão para induzi-lo na Loja! Os primeiros quatro graus diziam respeito aos Trabalhos Elementais, começando com a Água e terminando com o Ar. É claro que era impossível considerar como membro qualquer um que não quisesse ou não pudesse submeter-se aos requisitos necessários de cada grau.
Logo surgiu que Bemmel tinha uma história patética. Ele era um jovem de vinte e três anos com um complexo de hidrofobia aparentemente sem esperança, que havia consultado, em vão, numerosos especialistas. Ele se acovardava sob a chuva, temia até o toque da água e só conseguia tomar um ‘banho’ limpando-se com uma esponja pouco úmida. Tão aguda era a queixa que ele foi, em uma ocasião, mergulhado em paroxismos de terror ao ver um cavalo urinando.
Convocou-se, portanto, uma reunião especial nos terrenos privados que formavam o cenário da apresentação do trapezista. [18] Bemmel foi convidado a participar. Desnecessário observar, o poço insondável havia sido adequadamente escondido.
A ocasião era uma invocação de Yog-Sothoth, e foi realizada no dia especial da festa daquele Grande Antigo, ou seja, no Solstício de Verão. Por acaso, a lua naquela noite estava cheia precisamente às onze horas. A noite estava extraordinariamente abafada e pesada com odores de flores tropicais. As portas das estufas haviam sido escancaradas, permitindo a fuga de sufocantes correntes de cheiro que se infiltravam como gases doentios na densa folhagem, que se tornara outonal devido ao início anormalmente precoce de um verão que estava por se provar feroz.
A sacerdotisa oficiante era uma dançarina talentosa cujo nome na Ordem era Yogadasi. Bemmel foi obrigado apenas a segurar o sino e tocá-lo em certos estágios do Rito. Yogadasi naquela noite apresentou uma das danças mais emocionantes de sua carreira. O suor escorria sobre ela em riachos, e Bemmel entrou em pânico ao vê-lo. Foi somente quando o sino caiu de sua mão e se enterrou na grama, que estava quase na altura da cintura, que percebemos que ele havia desmaiado. Dois acólitos se moveram em sua direção, mas Frater Thoth – que estava no comando – os prendeu com um olhar. Eles recuperaram o sino e o rito prosseguiu sem mais interrupções.
A dança de Yogadasi foi executada parcialmente na grama artificial que cobria o topo do poço. Ela tinha chegado a um ponto em que ela caiu como uma flor de lótus sob o círculo perfeito da lua cheia. Os acólitos haviam começado a invocar Yog-Sothoth, e a ladainha gemia como a brisa que havia surgido, abruptamente, no momento da queda de Bemmel. Além das nuances límpidas do canto, nenhum som quebrou o silêncio da loja natural. Então aconteceu uma coisa surpreendente. Uma sombra escura surgiu. Supunha-se que Bemmel se levantara e avançava sobre a dançarina; mas a força que se aproximava dela era um instinto de poder. Ele ergueu os braços como se estivesse em fervorosa súplica à lua e, continuando o movimento, balançou-os novamente e agarrou a alça escondida da tampa do poço que continha a forma imóvel de Yogadasi.
Alguns dizem que neste momento, precisamente, um meteoro brilhou no céu noturno. Outros, que assistiam fascinados, declararam que as formas saurianas escorriam das profundezas e que tentáculos gotejantes de lodo se enrolavam em Bemmel, que de fato havia se levantado. Ele estava ofertando sobre a tampa a forma viva da sacerdotisa de Yog-Sothoth, como a cabeça de João Batista pode ter sido oferecida a Salomé. Este feito notável de força física foi alcançado em uma fração de segundo. Yogadasi acordou, saltou do disco erguido – que mergulhou com um respingo no poço – e com um salto ágil abraçou a sombra enquanto ela se derretia na água escura com um suspiro de som oco.
No momento em que a sombra afundou, o próprio Bemmel se mexeu na grama e olhou atentamente para a lua pouco antes de uma nuvem a obscurecer. A partir desse momento ele não estava mais obcecado pelo medo da água, e no Selo Mágico que ele mais tarde adotou, os totens dos Profundos foram incorporados e exaltados.
A história mágica de Bemmel mostrou que ele havia se comprometido em vidas anteriores com a adoração de Cthulhu. A consciência latente desse compromisso havia gerado um complexo psíquico de concentração intolerável para a existência humana (isto é, terrestre).
Os lacaios de Cthuthu geralmente encarnam perto de mares, lagos ou outras massas de água. [19]
Bemmel estava preso em sua atual encarnação, distante daquele elemento, daí sua incapacidade de aceitá-lo antes que Yogadasi rompesse o selo de suas repressões e abrisse o poço de seu subconsciente.
NOTAS
1 Como demonstrado anteriormente, Hadit = Set.
2 Atribuído ao Espaço, o elemento dos Antigos.
3 Atribuído aos Profundos.
4 Cujo número é 333.
5 Cujo número também é 333.
6 A Árvore da Vida.
7 2 + 5 + 6=13.
8 Representada pela Deusa Kali.
9 Representado pela Deusa Vyoma.
10 Veja An Essay upon Number, Part I, em The Equinox, vol No 5.
11 Veja Liber Samekh, publicado em Magick, pp.355-383.
12 Ibid, p.357.
13 Ver ‘Anna Kingsford “Concerning Prophesying and a Prophecy”, Part IL., The Perfect Way, p.322.
14 Caminho ou Via.
15 Desde o momento da escrita, os artigos da Couleuvre Noire foram publicados por Michael Bertiaux como The Voudon Gnostic Workbook, Magickal Childe, 1988.
16 Em conexão com o Signo do Aeon de Zain, talvez seja bom notar as observações de Dion Fortune sobre o complexo zodiacal associado com ele: “Tenha em mente… o Signo de Gêmeos, pois as Forças representadas por esse Signo influenciaram a Atlântida e influenciarão a Terra novamente mais tarde na presente era. As estrelas estão dispostas em configurações quase semelhantes àquelas que influenciaram os últimos dias da Atlântida”. A Doutrina Cósmica, p.147.
17 O sino é mostrado em Fora dos Círculos do Tempo, placa 12, onde faz parte do equipamento de um altar preparado para uma invocação dos Exteriores.
18 Ver cap.3, infra.
19 Por exemplo: Nas visões registradas por Leah Hirsig, Aiwass é descrito como sendo geralmente aparecendo na água. Veja O Registro Mágico da Besta 666. Note também que Besa ou Vesz, a divindade anã egípcia cujo nome é derivado da mesma raiz que Aivass, está conectada com o simbolismo do Polvo relevante para os Profundos. Veja Ellis, A História do Dragão.
SOBRE O TRADUTOR
Ícaro Aron Soares, é colaborador fixo do PanDaemonAeon e administrador da Conhecimentos Proibidos e da Magia Sinistra. Siga ele no Instagram em @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.
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