Adepto Externo

Otonen: Um Guia para o Estágio de Iniciado

Tradução: id921. Revisão de Ícaro Aron Soares, @icaroaronsoares@conhecimentosproibidos e @magiasinistra.

O trabalho com as esferas e caminhos, junto com o Ritual do Grau de Adepto Externo, terá dado ao indivíduo alguma experiência das energias mágicas junto com os vislumbres de autopercepção. Pode muito bem haver, também, uma apreciação do que é possível, em termos de realização mágica – isto é, em termos de ‘magia externa’.

As tarefas mais significativas de um Adepto Externo são a extensão da experiência mágica e pessoal através da criação de um Templo para a realização de rituais cerimoniais, junto com a procura de, e trabalho com, um companheiro mágico. Estas externalizam a magia, em sua maior parte ‘internalizada’, realizada até então, bem como estendem a experiência da energia mágica. Elas também desenvolvem ainda mais as habilidades pessoais e o discernimento do indivíduo.

Provavelmente terá ocorrido ao indivíduo, seja durante o Ritual do Grau de Adepto Externo ou antes, que o simbolismo empregado durante os trabalhos com os caminhos e esferas meramente codifica, de uma forma acessível à consciência não-Adepta, as energias acausais. Ou seja, é uma apreensão ainda limitada em certa medida pela dualidade implícita em todos os conceitos ‘abaixo do Abismo’. Em certo sentido, um Templo dirigido por um Choregos é uma manifestação das ‘energias’ das esferas/caminhos: isto é, no sentido simples, cada membro do Templo participa de um ‘papel’ de acordo com as energias de um certo caminho/esfera – embora um indivíduo possa assumir um ou mais papéis, ao mesmo tempo ou em momentos diferentes. Esta percepção permite que os Choregos não apenas manipulem ainda mais as energias mágicas, mas também ganhem compreensão “cósmica” e de si mesmos. Claro, a realidade de cada membro do Templo/grupo é um pouco mais complicada, assim como a assunção real de um ‘papel estabelecido’ – tal como ‘Guardião’, ‘Sacerdotisa’ e assim por diante – por esses membros é usualmente para eles um processo inconsciente: eles incorporam, em maior ou menor extensão de acordo com os rituais realizados e a intensidade da energia mágica que o Choregos traz para o Templo (e, portanto, para aqueles dentro dele), as ‘imagens’ encontradas pelo Iniciado enquanto realizava os trabalhos com os caminhos e as esferas. Dada a sua realidade ‘independente’, estas são um pouco mais difíceis de controlar/aprender/experimentar do que as imagens ‘psíquicas’ dos trabalhos anteriores. Naturalmente, os Choregos podem trazer as imagens (adequadas ao Templo/papel ritual) de acordo com seus sentimentos/desejo de confrontar/manipular.

Os trabalhos do Iniciado foram, em certo sentido, sem Tempo: isto é, eles representaram, embora em uma escala limitada, aspectos do acausal. O trabalho de um Choregos, dado o acima exposto, é uma Coagulação – isto é, o acausal torna-se presenciado no causal, primeiramente por meio de um ritual (que ocorre por um tempo especificado em um local especificado por um objetivo especificado: assim, seus parâmetros são limitados pelo espaço e tempo causais) e em segundo por meio de outros que têm uma existência causal. Esses ‘outros’ são os membros do Templo e o companheiro. Claro, o ‘fluxo’ acausal, em tal configuração ritualizada, pode ser e freqüentemente é ‘bidirecional’ (isso basicamente explica o acima em termos diferentes). A ‘primeira’ é a criação/extração da energia acausal por meio da forma ritual – isto é, os Choregos usam o ambiente/textos/membros ritualizados para ‘criar/atrair’ energia mágica; a ‘segunda’ surge porque os outros presentes, por ‘identificação’ com ‘papéis’/imagens septenárias, afetam os Choregos. (Isso é particularmente verdadeiro para o companheiro.)

O.N.A.

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SOBRE O REVISOR

Ícaro Aron Soares, é colaborador fixo do PanDaemonAeon e administrador da Conhecimentos Proibidos e da Magia Sinistra. Siga ele no Instagram em @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.

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