A Magia Aeônica preocupa-se com duas coisas: (1) entender os princípios fundamentais de como certos tipos de energia mágicka (existentes no acausal) se manifestam e podem se manifestar no causal; e como essas energias, quando estão manifestas, produzem mudanças temporais; (2) realmente usando tais energias – através de ritos, etc., para fazer uma mudança de acordo com o desejo ou meta de alguém,
(1) implica aprender sobre aeons e civilizações – como ambos são formados, como vidas decaem e mudam através de energias acausais – e sobre como elas são por dentro, e de como indivíduos são alterados e manipulados pelas várias formas que as energias acausais assumem. Entre essas formas incluem-se arquétipos, mitos, ideias, símbolos (incluindo representações artísticas), bem como os tipos mais transitórios, como política e religião.
(2) implica aprender as habilidades da magia aeônica e o que acontece depois (1). As habilidades básicas são ritos aeônicos (por exemplo, os ritos dos Nove Ângulos; Cerimônia de Recordação) do Jogo Estelar, e manipulação criativa de símbolos, ideias e assim por diante (incluindo as formas mais transitórias).
(1) Isso é tratado nos muitos e variados MSS de Ordem que lidam com Aeônicas, e os detalhes das habilidades básicas são encontrados em ‘Naos’, ‘Livro Negro’ e em vários rituais (a maioria agora disponível em várias publicações). Este presente MS tratará de uma área não especificamente abordada anteriormente com a intenção de dissipar alguns equívocos.
A magia aeônica sinistra implica o uso real das energias pelos indivíduos – a fim de trazer mudança (s) para o mundo “real” ou temporal. Este uso é muitas vezes mal compreendido pelos não-adeptos de tradições sinistras, e especialmente por aqueles que aderem aos antigos sistemas mágicos distorcidos. Por exemplo, a magia aeônica foi usada no início deste século para auxiliar uma nova forma política e assim tentar alterar de maneira significativa a direção da civilização ocidental a fim de produzir certos futuros. Esses futuros (o plural é intencional) teriam, se tivessem tido êxito, levado à expansão tanto de um tipo tecnológico quanto de um tipo individual ao longo de um período de muitos séculos – e isso por causa da natureza dinâmica da forma escolhida, bem como a transformação futura disso, via metasomatose dialética e interna. A manifestação mais identificável (isto é, aparência causal) dessa forma foi a Alemanha Nacional-Socialista. Entretanto, a maioria dos indivíduos que considera esta forma, não o faz de um ponto de vista aeônico, e sim de um ponto de vista limitado, causal e “moral” – uma visão resultante de tentativas mais recentes de outros indivíduos e grupos, de usar isso e formas semelhantes para fins mágicos. A perspectiva dessa visão é imediata, e não de séculos e milênios, e mostra uma falta fundamental de compreensão não apenas de aeônica, mas também da própria magia.
A realidade é que toda magia significativa é Aeônica ou interna: A magia externa é apenas um jogo de criança para ser jogado enquanto se aprende as habilidades mais básicas de magia, ou para uma posterior diversão. Para um verdadeiro magista, todos os tipos de formas políticas (bem como religiosas e culturais) são meios – a serem usados se forem úteis para objetivos mágicos aeônicos ou internos. Os adeptos genuínos usam muitas formas temporais – embora nunca se identifiquem com elas no sentido de aderí-las causalmente: de uma perspectiva psíquica * Por exemplo, nos estágios iniciais do caminho septenário, alguns “papéis” podem ser assumidos pelo Iniciado para que tenha insights, desafios e experimente o ‘proibido’, o contrário, o ‘herético’. Mas esses papéis são apenas isso – parte de uma manipulação das formas internas, psíquicas e, portanto, sinistras. Mais tarde, tais formas – e outras – podem ser usadas no sentido aeônico: para provocar uma mudança temporal em grande escala (o tamanho depende da intenção, bem como da habilidade e objetivo do Adepto). Mas em ambos, a manipulação é a chave.
Assim, aqueles que criticam os indivíduos e/ou grupos do caminho da mão esquerda que usam ou já usaram formas políticas no passado – ou alguma outra forma temporal: social, religiosa ou ideológica – mostram claramente, por causa dessa mesma crítica e sua subsequente “rotulagem” dirigidas a esses indivíduos e grupos (de sua própria perspectiva míope e relativa “política” ou “social”) que lhes falta não apenas entendimento, mas também compreensão dos fundamentos da magia. Em suma, esses rotuladores “se expõem não apenas como indignos de serem chamados de magistas, mas também como aderentes aos antigos sistemas de valores morais dominados pelos nazarenos. Contudo, sua falta de perspectiva e entendimento mágico não são inesperados, considerando o estado patético de ‘compreensão mágica’ antes da divulgação dos ensinamentos da ONA – especialmente relacionados à Aeonicas e magia interna.
No nível individual – de Iniciados – o caminho da mão esquerda é decididamente a-político (onde o prefixo “a” significa “além”, “fora”), não-religioso e não-social e é dedica-se a tornar cada Iniciado único: isto é, ajudando-o a realizar seu potencial, aumentando assim a evolução e criando o próximo estágio de nossa evolução. O objetivo final da magia aeônica sinistra é criar condições no “mundo real” de modo que a iniciação, o grau de adepto e tudo o que isso implica em termos de compreensão e discernimento evolucionários, não somente sejam disponibilizados a todos, mas também realizados. Obviamente, este é e será um objetivo de longo prazo, talvez alcançado até o final do próximo Aeon, talvez não. Mas a magia aeônica de qualquer momento presente (por exemplo, um rito ou manipulação de forma) visa a presença de uma parte desse futuro naquele momento presente ou criar condições que o permitam. Dessa forma, a mudança é provocada e possibilitada – em indivíduos, grupos e civilizações. Daí a complexidade dos aeônicos e a multiplicidade das formas temporais usadas – mas também sua simplicidade. Analisando de forma simples, aeônica é mudança, oposição, criação; aquilo que provoca desafios e insights, que representa ponderamento e antagonismo. Em suma – uma dialética, para indivíduos, grupos e civilizações, bem como aeons. E é essa dialética que é o “numen” da magia sinistra – seu significado final e seu desafio final.
Muito simples, para aqueles que aspiram.
O resto pode continuar sua inexistência rastejante.
Naturalmente, foram cometidos alguns erros na magia aeônica – alguns julgamentos posteriormente foram comprovadamente considerados incorretos. Mas o entendimento e a razão são acumulativos: um processo de aprendizagem, para os indivíduos, as civilizações e aeons.
Anton Long (ONA)
Tradução : Chronus Rex
Revisão: AShTarot Cognatus
– Ordem dos Nove Ângulos –
One Comment Add yours