
Manuscrito da ONA
Tradução de Ícaro Aron Soares, @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.
De acordo com a Tradição Obscura da Ordem dos Nove Ângulos, Baphomet é uma entidade acausal sinistra, e é retratada como uma mulher bonita, madura, nua da cintura para cima, que segura em Suas mãos a cabeça decepada e ensanguentada de um homem.
Assim, Ela é a Deusa obscura e violenta – a verdadeira Senhora da Terra – a quem foram, e são, feitos sacrifícios humanos e que se lava ritualisticamente em uma bacia cheia do sangue de Suas vítimas. De acordo com a lenda auricular, Ela – como uma dos Deuses Obscuros – também é uma metamorfa que se intrometeu (“visitou”, esteve presente ou se manifestou) na Terra em tempos passados, e que pode se manifestar novamente se certos rituais forem realizados e certos sacrifícios forem feitos.
Tradicionalmente, era para Baphomet que os Iniciados e Adeptos da Tradição Obscura dedicavam suas vítimas escolhidas e selecionadas quando um abate humano era realizado, e tais abates eram – e são – considerados como um dos pré-requisitos para alcançar o Adeptado sinistro.

Associadas à Baphomet, de acordo com a tradição auricular e a lenda, estão outras entidades acausais femininas, sinistras e obscuras – descritas em obras fictícias da ONA, como Jenyah e Sabirah – que existem, ocultas, na Terra há milênios e que mantêm sua relação causal, existência eterna e secreta, alimentando-se da força vital acausal de suas vítimas humanas do sexo masculino, a quem elas aprisionam e testam usando encantamento sexual. Essas outras entidades são frequentemente descritas como As Filhas Obscuras de Baphomet, e elas – como sua Senhora, A Mãe de Sangue, Baphomet – são, portanto, em um sentido bastante literal, vampiras. A tradição auricular e a lenda afirmam ainda que algumas, se não todas, dessas Filhas Obscuras de Baphomet são capazes não apenas, se assim o desejarem, de gerar descendentes meio-humanos de humanos masculinos selecionados, mas também de recompensar humanos escolhidos, ambos masculinos e femininos, com uma existência eterna na Terra ou nos reinos do próprio acausal obscuro e sem forma.
Exotericamente, pode-se dizer que Baphomet e suas parentes e descendentes femininas representam o vivificante e fecundo Princípio Feminino Sinistro. O equilíbrio obscuro, sinistro, perigoso, belo, feminino, que é ao mesmo tempo purificador e necessário – ainda que negligenciado pela maioria dos outros grupos esotéricos. Baphomet é frequentemente considerado como a Noiva, A Amante, de outro dos Deuses Obscuros, conhecido por nós pelo nome exotérico de Satã, e ritos sinistros e sacrifícios para honrar Baphomet eram frequentemente realizados na época do Equinócio de Outono e associados à estrela Arcturus e, para alguns ritos esotéricos especiais, à estrela Dabih.
LEITURA ADICIONAL (MANUSCRITOS DA ONA)
1) Bafomet: Uma Nota Sobre o Nome, Partes 1 e 2
2) O Princípio Feminino Sinistro nas Obras e Mitos da ONA (no Manuscrito A Ficção Oculta da ONA).
3) A Cerimônia da Revocação (com A Conclusão do Sacrifício).
4) Os Mitos dos Deuses Obscuros.
5) Sinestria: Uma Cerimônia Sinistra.
SOBRE O TRADUTOR
Ícaro Aron Soares, é colaborador fixo do PanDaemonAeon e administrador da Conhecimentos Proibidos e da Magia Sinistra. Siga ele no Instagram em @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.
ORIGINAL
The Big Ass ONA Collection.