BAPHOMET – UMA NOTA NO NOME (1)

Luciferwoman
O nome de Baphomet é visto pelos Satanistas Tradicionais como significando “a senhora (ou mãe) de sangue” – a Senhora que por vezes se banha no sangue dos seus inimigos e cujas mãos estão assim tingidas.

A suposta derivação é do grego bajh mhtra [baphē mētra] e não, como é às vezes dito, de mhtioV [mētios] (a forma Ática para ‘sábio’). O uso do termo ‘Mãe’/Senhora era bastante comum em escritos gregos alquímicos tardios – por exemplo Iamblichus em “De Mysteriis” usou mhtrizw [mētrizō] para significar possuído pela mãe dos deuses. Mais tarde escritos alquímicos tenderam a usar o prefixo para significar um tipo específico de ‘amálgama’ (e alguns tomam isto como uma amálgama do Sol com a Lua, no sentido sexual).

No Sistema Septenário, Baphomet, como Senhora da Terra, é ligada à sexta esfera (Júpiter) e à estrela Deneb. Ela é assim num sentido um “Portal Terrestre” mágico e a Sua reflexão (ou natureza ‘causal’ – por oposição à Sua natureza acausal ou Sinistra) é a terceira esfera (Vénus) relacionada com a estrela Antares. De acordo com a Tradição esotérica, o aspecto Antares era celebrado por ritos em Albion cerca de 3000 A.P. [Antes do Presente i.e. cerca de 1990 eh – ‘era horrificus’] – no meio e em direcção ao fim do mês de Maio e dizia-se que alguns círculos de pedras / sítios sagrados estavam alinhados para Antares. Em contraste, o aspecto Sinistro da Senhora (i.e. Baphomet) era celebrado no Outono e estava relacionado com a subida de Arcturus, a própria estrela Arcturus estando ligada ao aspecto masculino Sinistro (Mercúrio – segunda esfera), mais tarde identificado com Lúcifer/Satanás. Assim, a celebração de Agosto era um hierosgamos [casamento sagrado] Sinistro – a união de Baphomet com o Seu esposo (ou ‘Sacerdote’ que tomava o papel do aspecto masculino Sinistro). De acordo com a Tradição, o Sacerdote era sacrificado depois da união sexual, onde o papel de Baphomet era assumido pela Sacerdotiza/Senhora do culto. Assim, a celebração de Maio era um (re-)nascimento de novas energias (e da criança da União). A Tradição conta este rito sagrado Sinistro e Arcturiano como tendo lugar uma vez em cada 17 anos. Mais uma vez, diz-se que alguns sítios sagrados em Albion estão alinhados com a subida de Arcturus, há mais de 3000 anos. Na Idade Média, Baphomet começou a ser vista como a Esposa de Satanás – e é desde este tempo que ‘Baphomet’ e ‘Satanás’ começaram a ser usados como nomes para o aspecto feminino e masculino do lado obscuro (pelo menos na tradição sinistra secreta).

Daí a representação Tradicional de Baphomet – uma bonita mulher adulta (frequentemente mostrada nua) segurando a cabeça decepada do sacerdote sacrificado (habitualmente mostrado com barba).

Até determinada etapa os Templários ressuscitaram parte deste grupo, mas sem qualquer entendimento esotérico e para os seus próprios propósitos. Eles adoptaram Baphomet como uma espécie de Yeshua [Jesus] feminino, mas com alguns aspectos sangrentos/sinistos – e contrariamente às ideias mais aceites, eles não eram especialmente ‘Satânicos’. Mais que isso, eles viam-se a si próprios como _guerreiros_ sagrados, e tornaram-se num culto militar com laços de honra, embora o seu conceito de “sagrado” diferisse de certa forma do da igreja contemporânea, incluindo aspectos sombrios/Gnósticos. Os seus sacrifícios eram feitos em batalha e não faziam parte de um ritual específico.

A imagem de Baphomet (por exemplo segundo Levi) como uma figura hermafrodita é uma confusão romântica e/ou distorção: essencialmente da união simbólica/real da senhora e do sacerdote e o seu posterior sacrifício. O mesmo se aplica à derivação do sufixo do seu nome com ‘sabedoria’ (e uma imagem masculina nisso!) – até os confusos Gnósticos entendiam ‘sabedoria’ como feminina.

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traduzido por:

Alektryon Christophoros

artigo original em:

http://home.tiscali.se/dragonet/ona/jupiter/baphomet_-_a_note_on_the_name.html

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