Exeat: A Tradição Ocidental Sinistra

Manuscrito da ONA

Por Coirie Riabbaich, ONA. Tradução de Ícaro Aron Soares.

PREFÁCIO

O seguinte MSS pretende ser um complemento do Eira: Um Guia Satânico para a Magia Futura. Explica ainda a natureza e os objetivos do Caminho Sinistro Satânico, conforme exemplificado pela Ordem dos Nove Ângulos.

A Tradição das Trevas foi mantida ao longo dos tempos por alguns Iniciados trabalhando em segredo. Este trabalho envolve o presenciar e o aumentar das “forças cósmicas” – isto é, a implementação de uma Vontade de mais Vida, mais “fluxo”, para assim manter viva a essência que os dogmas sem vida procuram suprimir.

Por causa desta vivificação ativa da “essência”, o Arquetípico Adepto Sinistro está na vanguarda da nossa espécie porque foi mais longe do que qualquer outro indivíduo na sua experiência da Vida e do Cosmos.

A natureza sempre exigirá a presença de tais seres Sinistros, qualquer que seja a corrente Aeônica, pois sem eles não há evolução. Os Iniciados da Tradição Sinistra estão entrelaçados na estrutura da Vida Cósmica.

Este presente volume tenta descrever sucintamente a verdade da Tradição Satânica: um Caminho tão simples, mas tão difícil de praticar.

O9A, 1998 eh

EXEAT: A TRADIÇÃO OCIDENTAL SINISTRA

I) O Satânico

Um indivíduo e uma organização satânica representam – ou se esforçam para representar – uma coisa fundamental: Além. O próprio satanismo é uma forma de presenciar forças causais puras e o satanista é um indivíduo perspicaz que dirige essas forças no mundo real através de formas causais apropriadas. O satanismo em si não é, ao contrário do “paganismo”, um caminho para a maioria/as “massas”. Ele não procura defender o que muitas vezes é totalmente indefensável pelos padrões convencionais.

Em vez disso, é o fator que impulsiona todas as buscas genuínas do Ocultismo – o próprio Mistério. Ao longo dos Aeons, este fator esteve presente em cada civilização através de uma elite esotérica particular. Esta “elite”, no entanto, não é uma “sociedade secreta” ou organização egocêntrica composta por uma multidão de “membros”. Em vez disso, é uma expressão viva e mutável daquilo que está sempre além da compreensão contemporânea, enraizado em alguns indivíduos geralmente isolados e extraordinários. É verdade, num certo sentido, dizer que estes indivíduos nascem, não são feitos. Eles possuem, por serem quem são, uma empatia, um certo desejo – uma certa aura… Em última análise, o seu não é um ‘papel’ sinistro, mas uma forma de Ser – eles são o impulso satânico; eles são naturais e não fingem ser outra coisa senão eles mesmos.

Ser um “satanista”, portanto, é ser alguém de um caráter muito particular: não é, como é no “paganismo” convencional, uma adoção de uma visão cultural do mundo com sua coleção de costumes, uniformes, “leis” e modos de comportamento subsequentes esperados. E não é, como alguns inevitavelmente perceberão, uma forma em competição com outros grupos e caminhos “ocultos/pagãos”: é autônomo e afirma satanicamente aquilo em que acredita. Enquanto a criatividade satânica inspirar uma futura geração de Adeptos Sinistros, então pouco importa quem “concorda” ou “discorda”.

E assim, para os não-satanistas, uma das características mais perturbadoras de um indivíduo satânico é a sua arrogância. Os satanistas têm uma “arrogância” particular porque se esforçam para viver e implementar os mais grandiosos ideais humanos. Os maiores ideais residem em superar o que é convencionalmente considerado como a maior das conquistas dos maiores indivíduos. Todas as coisas, incluindo “os deuses” do paganismo convencional, podem ser superadas (qv. No Reino dos Deuses).

Para alcançar o que é maior, é necessária arrogância – uma crença fanática feroz. Esta abordagem parecerá, aparentemente, “desequilibrada” para alguns, talvez até hubristica. Mas o que é arrogante – isto é, o que é insolente para com a Natureza – é o comportamento sem a formação de experiência, pensamento racional e autoconsciência: é o comportamento pessoal que exerce controle sobre o indivíduo através de forças muitas vezes inconscientes e egoístas.

A arrogância satânica é essencialmente suprapessoal e é o empoderamento para agir que vem do conhecimento adquirido com a dificuldade. Um indivíduo Satânico não acredita ser pessoalmente infalível, mas está preparado para aprender com seus próprios erros e experiências para refinar ainda mais o que é Sinistro/Satânico. Estes “erros”, estes atos de ser Humano, são considerados dádivas de Insight ao longo de uma jornada incrível e perigosa.

Empoderado pelo orgulho, o satanista não se conformará com nenhuma visão e estratégia “realista” aceita em relação ao propósito evolutivo da Vida. Sem que alguns indivíduos acreditem – saibam – que todas as coisas podem ser superadas, não há inventividade, nem ousadia, nem riscos, nem genialidade: não há evolução.

Assim, ou alguém é ‘satânico’ ou não é. E o que é “satânico” é simplesmente o desejo inquieto de explorar e criar uma nova ordem a partir do caos não descoberto – isto é o que Satan simboliza para além dos deuses conhecidos do folclore. (1)

Se há quem ainda não entenda, então deveria considerar a história de Prometeu. Ele, um mortal, desafiou os deuses – e sim, como consequência, foi condenado por uma eternidade. Mas pelo seu desafio, desejo e sacrifício, ele deu à humanidade a posse do fogo…

Os debates acadêmicos sobre a origem real de Satan e do satanismo, embora interessantes, não são realmente importantes. As coisas descritas acima – a “arrogância” particular, o “Além” – são satânicas; não como um credo ou dogma, mas num sentido natural, de acordo com a natureza viva dessas coisas.

Muitos seguirão o caminho da procura de aceitação – talvez para inculcar nas massas uma visão de mundo particular. Mas enquanto muitos procuram o establishment, deve haver outros – os poucos – que garantam a existência da próxima fase, presenciados no desafio de todas as coisas convencionais e “compreendidas”. Assim, o Futuro é possível.

II) O Sinistro

O presenciar descrito acima é também o que é essencialmente Sinistro. Não há divisão fundamental entre o que é Satânico e o que é Sinistro, uma vez que o que é ‘Satânico’ é a porta de entrada para o que é Sinistro. Isto não é um enigma, mas uma verdade muito simples.

O que é Sinistro é tudo o que foi descrito acima – e muito mais. Satan e o Satanismo estão inextricavelmente ligados ao que é Sinistro, uma vez que o Caminho do Satanismo é uma aplicação prática do Sinistro.

Por causa da natureza do Satanismo, aqueles que seguem o Caminho Setenário estão plenamente conscientes de que o Sinistro também se estende a um reino além de Satan e dos métodos satânicos. Mas esse reino, para aqueles que seguem um caminho esotérico, só pode ser alcançado quando a psique for permanentemente alterada através das provações do Satanismo (ou seja, para os indivíduos, os rituais de “Grau” – para as civilizações, a magia dos Aeons). Esta mudança dentro da psique não é simplesmente intelectual, mas orgânica, ocorrendo por si mesma.

A natureza e a experiência deste ‘reino’ são “Sinistras” porque:

a) para os Adeptos Sinistros, não precisa ser descrito por palavras, imagens ou música, pois é vivido no indivíduo;

b) para os não Iniciados, disrupta e perturba porque não pode ser apreendido/compreendido através de modos de pensamento convencionais – ou “não convencionais”.

Para as civilizações, este reino – porque é em essência a corrente da própria Vida – deve ser presenciado de formas cada vez mais conscientes, a fim de avançar nas possibilidades de evolução. Buscar o avanço da evolução é permitir que o Destino inerente à própria Vida seja compreendido e implementado. Com efeito, esta busca é genuinamente Sagrada porque procura cumprir a Vontade do Cosmos.

Implícita nesta busca está a criação deliberada e o uso de formas causais (palavras; imagens; “organizações” – e assim por diante) que possuem a capacidade de alcançar a evolução descrita acima. O efeito de tal forma no mundo causal é que provoca Mudança significativa – o efeito dessa forma é o “Sinistro”. [Quando não há influências/orientações esotéricas evidentes, esta criatividade é intuitiva/principalmente inconsciente – e assim a vida e a eficácia da forma resultante estão sujeitas às limitações da personalidade de seu criador].

O Satanismo é uma forma esotérica Sinistra: está explícito e absolutamente preocupado em guiar os indivíduos para o cumprimento da Vontade do Cosmos. Está no ápice do que é Sinistro porque procura deliberadamente causar Mudança no mundo causal através da criação de novas e devastadoras formas Aeônicas, e se esforça para identificar, aprimorar e defender as formas Aeônicas que já existem. Os critérios para esta busca têm sido muito discutidos: em essência, não decorre do dogma, mas da lógica satânica – isto é, uma apreensão fundamentada além do pessoal e além das forças que procuram influenciar o pessoal (ou seja, ‘culturas’; ‘contra-culturas’; ‘ideias’ e assim por diante).

O objetivo principal dos métodos Sinistros do Satanismo Tradicional é criar um indivíduo que seja a personificação viva do Sinistro: isto é, este indivíduo, ao seguir o Caminho Setenário, torna-se a própria Mudança (2). Assim, ao contrário daqueles que são dogmaticamente dedicados, os satanistas não apenas expressam o “satânico” e refinam e ampliam esses métodos, mas são capazes (por necessidade) de criar e manter muitas outras formas – algumas exotéricas – a fim de permitir a evolução cósmica como um inteiro (3). Para os não-satanistas, tal indivíduo é desconcertante, elusivo e aparentemente contraditório.

Mas isso não é tudo: um Magista Sinistro genuíno, porque sua preocupação é com a evolução cósmica, também permite que o próprio acausal evolua além do que é possível ser acessado em qualquer período do tempo causal. Este habilidoso praticante das artes da Vida tem sido lembrado ao longo dos tempos como uma figura de ‘Merlin’: um indivíduo que está sempre um passo à frente…

Os ensinamentos da ONA têm enfatizado constantemente a necessidade dos aspirantes a Adeptos Sinistros se despojarem de todas as influências, a fim de alcançar a síntese com a corrente da Vida/o cosmos/o Ser Sinistro. Este despojamento realmente se aplica a todas as coisas – incluindo o que é considerado “esotérico” na atual cultura ocidental: “paganismo”; magia cerimonial; feitiços; folclore; e símbolos. Muito simplesmente, este “despojamento”, este processo alquímico, é a Tradição Sinistra.

Assim, o que é “Sinistro” não é o que está incorporado nos aspectos “esotéricos” convencionais acima. Os aspectos acima podem ser elaborados para o presenciar do Sinistro, mas este presenciar deve, em termos do desenvolvimento pessoal do Adepto, ser limitado e de curto prazo, caso contrário as próprias formas começarão a dominar a Intenção Sinistra.

E na jornada em direção ao Sinistro, Satan não é uma “concha/casca” a ser descartada, mas um portão sempre presente através do qual os limites mais distantes são explorados. Isto ocorre porque, em termos práticos, não existe atualmente outra forma terrena que traga tão essencialmente o Sinistro. É, portanto, dever de todos os Magistas/Cliologistas Sinistros, em qualquer estágio de seu desenvolvimento, garantir que este Portão Satânico permaneça totalmente aberto para futuros viajantes.

A realidade é que nenhum julgamento contrário a isso pode ser feito sem primeiro embarcar totalmente no Sinistro Caminho Setenário (qv. Naospor pelo menos c. 4-5 anos. Sem esta experiência prática específica do que é descrito pelos Adeptos Sinistros como “Satânico”, então não pode haver base para julgar o que é ou não válido. Isto ocorre porque o caminho do satanismo é um sistema prático de vida sinistra: não é simplesmente uma filosofia “faustiana” com a qual devemos concordar ou rejeitar intelectualmente.

III) O Cósmico

O Caminho do Satanismo busca presenciar o que é novo e alternativo. Não se trata simplesmente de ser “diferente” por ser “diferente”. Como explicado anteriormente, o desafio do Caminho Sinistro reside não apenas em ajudar as formas Aeônicas existentes, mas também em criar novas formas que ampliem e evoluam o ethos contido nas primeiras.

Esta elaboração requer grande habilidade esotérica. Envolve permitir que um fluxo de forças acausais dite a evolução da nova forma, em vez de criar um fundamento baseado na pesquisa das “histórias” e dos mitos bem conhecidos das tradições passadas. Esta última abordagem envolve o cumprimento de expectativas óbvias – expectativas/percepções/ideias que foram criadas por outros, de acordo com uma forma particular de engenharia social [a “wicca” moderna é um exemplo]. Tal forma não é realmente numinosa – ela não possui Vida.

Uma forma satânica era trazida ao Ser por um indivíduo usando o seu “olho interior”: isto é, por um indivíduo que pratica a arte da empatia cósmica. Este processo não pode realmente ser descrito adequadamente, exceto afirmando que ocorre quando um indivíduo flui com o que é. Ao elaborar uma forma, um fundamento básico é deliberadamente criado – alcançado através de técnicas esotéricas em vez de um eruditismo árido – que é então cuidadosamente nutrido. Esta nutrição é um equilíbrio delicado entre moldar a direção da forma através do raciocínio e da experiência individual e permitir espaço para que forças suprapessoais ditem a evolução.

Ao fazer isso, o indivíduo deve estar constantemente vigilante para não usar a forma para fins pessoais: em vez disso, deve haver uma aceitação de que a forma, uma vez criada – ou seja, praticamente ativa no mundo real – deve começar a evoluir de acordo com a sua própria natureza orgânica e tempo de vida. Se a forma for numinosa, então ela possuirá seu próprio Destino de acordo com a Wyrd maior do Cosmos.

A criatividade de tal indivíduo é a canção viva do Cosmos, e não a voz “cultural” mundana do status quo.

Ao utilizar este “olho/voz interior” como guia, são possíveis novas formas surpreendentes, que ultrapassam todas as criações anteriores. Mas, como afirmado anteriormente, esta “novidade” não é procurada por si mesma: é procurada para continuar e avançar a evolução da essência, ou espírito Cósmico. Ou seja, a “essência” ou ethos permanece constante, mas as formas externas devem mudar para revelar expressões cada vez maiores da essência (4).

O que muitos aspirantes a iniciados no Sinistro parecem esquecer – ou simplesmente não sabem – é que o Sinistro, em essência e prática, está além da “história”. Ou seja, o que é Sinistro é algo que está além até mesmo da reverência pelos grandes feitos de nossos ancestrais. Isto não quer dizer que tal reverência seja de alguma forma “errada”: antes, o que é fundamentalmente não representativo do Sinistro é a tentativa de enjaulá-lo na prática da reverência ancestral. Mesmo esta reverência, para além de um certo ponto, torna-se uma certa “coisa” com os seus próprios limites que, em última análise, limita o Sinistro.

Mesmo esta reverência, para o aspirante a Adepto Sinistro, além de um certo ponto, torna-se algo que não fortalece mais a intenção Sinistra, mas atrapalha. O que é Sinistro é o que está além desse certo ponto. Se não houver expressão prática do que está além deste ponto no mundo real, então o que é Sinistro não pode existir.

Essencialmente, algumas circunstâncias exigirão a continuação de algumas tradições/sistemas, enquanto outras exigirão uma ruptura completa – a inauguração de uma nova era. Nisto, o que importa é se algumas formas existentes ainda são conexões vivas pelas quais o Cosmos se manifesta, ou se essas formas se tornaram uma expressão inadequada de uma força vital que é caracterizada pela vitalidade, desafio e genialidade.

Esta novidade, esta Mudança criativa, não é tão difícil de alcançar como muitos poderiam supor. No que diz respeito a questões esotéricas, os indivíduos devem ser inspirados a pensar de forma diferente sobre a “magia” e os seus métodos de expressão. A Magia do Futuro, suas técnicas e ritos, devem evoluir naturalmente durante um período de experimentação. Se os indivíduos – sozinhos ou em grupo – decidirem abordar a “adoração” de uma forma diferente, então gradualmente novas formas surgirão. Somente depois que essas formas forem experimentadas e testadas com honestidade implacável e consideradas como um avanço significativo na prática da magia, elas poderão ser registradas e tornadas públicas – mas não antes [as razões esotéricas para esta abordagem deveriam ser óbvias].

Como guia para estas novas técnicas, os indivíduos deverão utilizar, como foco principal, a Galáxia e a sua exploração e conquista. Elogios poéticos óbvios às estrelas devem ser evitados: em vez disso, devem ser criadas expressões novas e estranhas – isto é. uma nova linguagem, cantos, formas de vestir… A experimentação mostrará o que é e o que não é possuidor de numinosidade.

A direção desta nova magia reside em uma ruptura completa com as antigas técnicas mágicas de feitiços, círculos, robes (etc.), porque a própria natureza da magia nos desafia a desenvolver uma nova forma que efetivamente tornará tais coisas arcaicas. De acordo com esta nova magia, deveria haver um afastamento da alegoria e um movimento em direção à criação de modos de Ser que na verdade são o próprio Cosmos (5). Ou seja, a “magia” deveria se tornar uma forma de manter viva e consciente uma visão e um ideal suprapessoal.

E esotericamente, a “magia” deve evoluir para ser entendida como uma forma de tornar consciente, tanto dentro como fora dos indivíduos, uma região onde toda a Vida existe como um todo unificado (6). Na prática, este é o nexion que trará o novo Aeon.

Esta abordagem acabará por levar a uma síntese de formas – tanto esotéricas como exotéricas. Esta síntese será característica de um novo tipo de vida Humana: uma que não precisará mais praticar “magia”, ou qualquer outra coisa semelhante – seja aquela ‘coisa’ “política”, “filosofia”, “história”, ou o que quer que seja.  Em vez disso, a realidade, a apreensão que todos nós, como “ocultistas”, buscamos, será vivida…

Esta aceleração na evolução não ocorrerá através da imposição de algum dogma ou “reforma social”: ocorrerá naturalmente porque nós que buscamos – nós que somos o Cosmos – teremos semeado o seu espírito pelo nosso desejo.

IV) Conclusão: O Plano Diretor Satânico Revelado

Esta união com Toda a Vida – o Cosmos – é uma das grandes etapas ainda a serem implementadas na história da Humanidade. No entanto, esta síntese, embora implícita no nosso Destino, não ocorrerá necessariamente por si mesma. Pelo contrário, deve ser trazida para o Ser – deve ser combatida por ela, uma vez que também possuímos a capacidade de destruir este potencial.

Esta síntese só ocorrerá se um Império Galáctico se tornar realidade. O propósito da magia do Futuro – ou ‘Estelar’ – portanto, é extrair deste mais vital dos ideais a numinosidade necessária para inspirar a psique de nossa espécie: promover a visão Galáctica como o único ideal pelo qual vale a pena lutar.

Durante os próximos séculos, pelo menos, o objetivo final do Caminho Sinistro – o objetivo final do “plano mestre satânico” – é ajudar a nossa espécie a semear as estrelas. É um objetivo que é, e deveria ser, compartilhado com muitos outros fora do Satanismo Tradicional.

Cada um terá o seu papel a desempenhar: para o Satanismo e o Caminho Sinistro, consiste em alcançar os espaços frios do Além para trazer o extraterrestre à realidade.

C. Riabhaich, 109 anos de Fayen.

Publicado pela Comunidade Venn, Shropshire, agosto de 1998eh; Vindex Press, EUA, 1998eh.

NOTAS

(1) A diferença entre um arquétipo e um símbolo numinoso é crucial para a compreensão esotérica, mas raramente ou nunca é discutida fora do Satanismo Tradicional (qv. Eira: Um Guia Satânico para Magia Futura e Magia Aeônica – Uma Introdução Básica).

(2) Esta evolução “mágica” é representada pelo simbolismo unificado da ‘Árvore da Wyrd’ (qv. Naos).

(3) Fundamentalmente, esta evolução é expressa através da geração de novos símbolos, novos arquétipos e novos mitos (ver MSS. da Ordem acima mencionados)

(4) Veja o capítulo IV de Eira – Um Guia Satânico para a Magia Futura.

(5) O Jogo Estelar Setenário é um aspecto importante desta nova magia – qv. Naos e Hóstia.

(6) Deveria ficar claro que o significado desta unificação com “Toda a Vida” não dá credibilidade a um conceito “politicamente correto” de “igualdade” e a outras visões socialmente projetadas (como o “ideal” de uma “aldeia global”): antes, refere-se à apreensão esotérica do acausal/tempo acausal (qv. MSS. sobre ‘Tempo’).

ORIGINAL

Exeat: The Sinister Western Tradition

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