Contos Satânicos: Introdução ao Quinteto Deofel

Manuscrito da ONA

Por Cosmion. Tradução de Ícaro Aron Soares, @icaroaronsoares@conhecimentosproibidos e @magiasinistra.

As obras reunidas sob o título O Quarteto Deofel foram escritas como textos instrutivos para membros de um grupo de Magia Negra. Como tal, elas lidam com certos assuntos esotéricos relevantes para os Neófitos e aqueles que começaram a seguir o caminho da Magia Negra e do Satanismo.

Embora a forma escolhida seja ficcional, não é a de um romance “convencional”. Em vez disso, um novo veículo foi criado com o objetivo de combinar um ritmo rápido (e, portanto, divertido) com um estilo narrativo que não apenas exigia a participação imaginativa do leitor, mas também procurava envolver o inconsciente. Assim, descrições detalhadas – de, por exemplo, personagens e locais – são em sua maioria omitidas. Cabe ao leitor suprir tais “detalhes que faltam”: em parte por sua imaginação e em parte inconscientemente, por suas próprias expectativas e projeções.

Esta forma também tinha a vantagem adicional de tornar as obras interessantes para ouvir quando lidas em voz alta em um ambiente de grupo. Esta nova forma pode ser considerada como um “poema em prosa” estendido.

Embora cada obra seja independente em termos de “enredo” e “personagens”, todas elas lidam com os vários insights alcançados por aqueles que seguem o caminho mais obscuro para a iluminação esotérica, bem como com aquelas experiências práticas (ou seja, da vida real) que formam a base do treinamento mágico genuíno e que explicam a magia sinistra real em ação.

Cada obra trata (embora nem sempre exclusivamente) de um determinado tipo de energia mágica/arquetípica – e assim está conectada com uma das esferas da setenária Árvore de Wyrd. Assim, no sentido instrucional, cada obra explica formas arquetípicas particulares conforme essas formas afetam as pessoas na vida real. Naturalmente, algumas das formas assim explicadas são obscuras ou sinistras.

A fim de orientar o leitor interessado e o estudante das Artes Ocultas, alguns “Temas e Questões” relativos ao Quarteto foram incluídos como Apêndice ao Volume I.

(Nota datilografada no final desta página: As obras são reproduzidas exatamente como foram originalmente distribuídas em forma de manuscrito, com correções datilografadas/manuscritas.)

ONA

RESPOSTAS E ANÁLISE CRÍTICA

Cada novato que lê o Quarteto deve tentar analisar sua resposta a ele – os sentimentos, expectativas, pontos de concordância e desacordo e assim por diante que surgem da leitura.

Uma primeira leitura será suficiente para mostrar que as obras do Quarteto são satanicamente sutis – ou seja, não são histórias flagrantes de “terror/magia negra” e nem são pornográficas. Elas também não são semelhantes às diatribes amorais de outros escritores – por exemplo, de Sade.

Em vez disso, elas são destinadas àqueles com discernimento, aqueles que podem ver além da mera aparência e afetação – ou seja, os neófitos satânicos: aqueles que desejam saber e que procuram questionar, aqueles que desejam descobrir segredos (muitas vezes sobre si mesmos).

Como explicado em outro lugar, elas lidam com problemas que um neófito seguindo o Caminho da Mão Esquerda pode encontrar ou estar familiarizado – tanto em termos de seu próprio desenvolvimento/sentimentos/expectativas quanto em termos de magia sinistra real. Tal magia é, em sua maior parte, sutil e esotérica – está oculta e tem pouca, muitas vezes nenhuma, semelhança com o que a maioria das pessoas (e alguns Iniciados) consideram como sendo magia.

Consequentemente, aqueles que se voltam para o Quarteto esperando encontrar o tipo de emoções baratas e sensacionalistas frequentemente associadas (na mente do rebanho) com histórias de “Magia Negra” e “horror” ficarão desapontados. O Quarteto não se destina a indivíduos fracos, acríticos e em busca de sensações – destina-se a instruir noviços satânicos em alguns aspectos esotéricos de seu ofício; para ajudar a sua própria compreensão e desenvolvimento sinistro.

O Falcifer diz respeito à Iniciação e ao acúmulo de experiências satânicas. Ele também lida com os Deuses Obscuros – revelando conhecimento esotérico. As energias que dão forma à história dizem respeito à primeira esfera da Árvore de Wyrd – a forma mágica “Noite/Nox”; às Imagens do Tarô – 18, 15, 13; e ao Processo Alquímico – Calcinação.

O Templo de Satan também diz respeito aos Deuses Obscuros – mas trata principalmente da emoção no nível pessoal, particularmente do “amor”: como um Iniciado Satânico com alguma experiência encontra e lida com essa emoção. O “amor” deste tipo é um palco, para ser experimentado e transcendido. Para um satanista que ainda não alcançou o Adeptado, esse sentimento costuma ser uma cilada, uma armadilha – na qual ele pode cair, encerrando assim sua busca sinistra. É sobre sentimentos e desejos ainda inconscientes – sobre torná-los mais conscientes, controlá-los e transcendê-los. Terceira esfera na Árvore de Wyrd. Forma Mágica – Êxtase. Imagens – 6, 14, 17. Processo alquímico – Coagulação.

A Oferenda diz respeito ao “Satanismo Primordial” – e uma magia e manipulação mais sutil do que as obras anteriores. É uma história baseada em fatos – em acontecimentos da vida real e em pessoas reais. Ela revela uma verdadeira Mestra Satânica em ação – alguém bem diferente da noção “aceita” de uma Mestra Satânica. Esferas – Terceira e Quarta. Formas – Êxtase/Visão. Imagens 7,12,5,6,14,17. Processos – Coagulação/Putrefação.

A Coruja Cinzenta (o título é significativo) diz respeito à segunda esfera, e a magia é ainda mais sutil e esotérica do que a obra anterior. Requer uma compreensão dos indivíduos como esses indivíduos são – uma mudança sutil deles. Forma Mágica – Indulgência; Processo – Separação; Imagens – 0, 8, 16.

Em todas as obras do Quarteto, “o outro lado” (isto é, aqueles com “moral”) é mostrado em contexto – indivíduos morais são descritos e as coisas vistas de seu ponto de vista. É de vital importância para um neófito ser capaz de ser desapegado – ver as coisas e as pessoas como essas coisas e pessoas são. Somente assim eles podem aprender a julgar e descobrir como trabalhar a magia sinistra esotérica. Tal desapego é necessário – e seu cultivo faz parte do treinamento do Iniciado. É objetivo do Quarteto cultivar essa habilidade – e a autocrítica que dela faz parte. Essa “crítica” é uma autoconsciência, um autoconhecimento. Assim, alguns personagens do Quarteto e as opiniões e atitudes que eles expressam podem provocar desacordo e possivelmente desconforto no Iniciado Satânico. Isso é intencional. O neófito deve analisar por que reage como reage – e por que espera certas coisas/certas visões/certos resultados.

Em suma, elas são textos satânicos de instrução divertidos – aqueles que estão preparados para gastar algum esforço em entendê-las descobrirão muitas camadas e, assim, aprenderão.

FALCIFER – O SENHOR DAS TREVAS

Este Manuscrito trata da magia aberta em um ambiente mágico – templos, rituais etc. Ele descreve a iniciação satânica de um ponto de vista satânico, e os testes etc.

Ele também lida com os Deuses Obscuros – descrevendo-os e a magia que os traz de volta à Terra.

De todos os Manuscritos do Quarteto, é o mais facilmente compreendido, embora contenha alguns significados ocultos/esotéricos. Estes, no entanto, são explicáveis, uma vez que a perspectiva do Manuscrito é abertamente satânica.

O TEMPLO DE SATAN

Ele também tem um cenário abertamente mágico, mas lida com o estágio além daquele de um neófito; isto é, alguém que está envolvido há algum tempo e que desenvolveu certas habilidades mágicas – por exemplo, a manipulação.

Melanie é o arquétipo da Sacerdotisa Satânica: sexualmente sedutora, usando sua sexualidade para manipular e cativar, desfrutando de alguns prazeres delicados (por exemplo, o Sadismo). Mas, como uma verdadeira satanista, depois de algum tempo ela fica entediada com a rotina. Tão inconscientemente a princípio, ela busca outra coisa: e é atraída para Thurstan, contra seu melhor julgamento satânico. Ela é “atraída” porque ainda precisa adquirir uma autocompreensão profunda – porque ainda existem aspectos que permanecem inconscientes e poderosos em sua psique (relacionados ao poder “luminoso” do amor etc. Aos poucos, ela se apaixona – mas ela mesma está sendo manipulada para isso por Saer? E se sim, por quê? (Considere o cristal que ele deixou com Thurstan para ela encontrar e ler). Saer está “além do Abismo” – uma imagem/símbolo da magia aeônica contra a magia externa e interna de Melanie.

Mas ela gradualmente entende seu propósito – impulsioná-la para o próximo estágio da jornada sinistra e fornecer uma criança que, por causa de suas próprias habilidades sinistras e das habilidades aparentemente não sinistras de Thurstan, terá qualidades especiais. Ou seja, a criança estará além dos opostos (como, por exemplo, simbolizado por Melanie e Thurstan). No final, Melanie é apresentada a uma escolha – o amor ou seu dever/destino. Ela escolhe o último, e sua magia é restaurada.

Claudia é uma complicação para Melanie – mais um teste/distração. O amor dela causa a morte de seu amante? Pead e Jukes, representando a magia do velho aeon, tentam manter Melanie e Thurstan separados – porque com ele ela não pode cumprir a magia aeônica, em detrimento da velha ordem e “a luz”.

A OFERENDA

Este Manuscrito tem várias vertentes esotéricas e vários significados evidentes. Lianna é uma Senhora da Terra (nota: estágios além de Melanie no Templo) e é seu dever realizar A Oferenda – o rito de sacrifício.

Como uma Senhora Satânica, Lianna usa a magia de forma sutil, como benefício de seu status. Esta magia é esotérica (por exemplo, empática), mas ela também manipula diretamente os outros, embora de forma sutil. Considere como ela atrai/seduz Thorold para ela: enviando Sidnal para ele com livros, visitando sua loja como cliente…

Lianna requer duas coisas importantes: um opfer (vítima sacrificial) e alguém para gerar seu herdeiro. O Manuscrito a descreve atingindo esses objetivos.

Mallam é um iniciado recente – aproveitando como todo bom Iniciado deveria, sobre magia e o mal. Ele envolve Rhiston em seus jogos. Lianna, no entanto, apresenta a Mallam uma escolha – apresentada com precisão e sutileza. Ela o avisa que suas atividades não conduzem a um maior avanço, pois ela entende que ele foi enredado por alguns de seus desejos, em vez de desfrutá-los e depois descartá-los para superá-los e assim atingir o autoconhecimento e o domínio. No entanto, ele vê suas dicas “moralmente” – ele as interpreta mal porque não consegue ver o que ela está tentando fazer; isto é, ele não mostra nenhum insight satânico. O leitor vê isso da perspectiva de Mallam – como Mallam; certo discernimento é necessário para ver além da aparência externa para a essência. (Essa mudança repentina de perspectiva ocorre várias vezes no Manuscrito, como acontece muitas vezes em outras partes do Quarteto. O leitor deve sempre perguntar: o que realmente está acontecendo aqui? Um julgamento crítico é necessário porque muitas vezes os personagens e o que eles podem fazer/dizer não são o que parecem; ou seja, a verdadeira intenção/magia está oculta.)

Do jeito que está, a falta de discernimento de Mallam significa que ele acredita que Lianna está fazendo uma observação “moral” e ele abertamente rompe com ela.

Seguindo esta decisão de Mallam, Lianna oferece a ele um teste, uma nova oportunidade para provar seu valor ou não. Ela envia seu Guardião, Imlach, para ele – desconhecido para Mallam, é claro – com um Manuscrito secreto. Mais uma vez, Mallam não consegue perceber o que está acontecendo – ele não consegue ver através de Imlach. Em vez disso, ele é dominado por desejos inconscientes: ganância material, desejo de poder. Em vez de controlar e usar seu desejo para algum propósito, ele permite que seu desejo o controle. Ele vai para a vila de Lianna – e novamente falha, porque não consegue reconhecer a jovem como uma Sacerdotisa da tradição de Lianna: ele a vê como uma pessoa sem graça, facilmente manipulável. Assim, ele mostra que não tem percepção ou habilidades mágicas genuínas.

Portanto, ele se torna um candidato ao sacrifício. Basicamente, ele escolhe a si mesmo – ele não é escolhido por causa de suas atividades “más”. Elas apenas fornecem uma proteção contra falhas para desviar a atenção de seu desaparecimento (quando o rito é concluído): ninguém na sociedade “convencional” sentiria sua falta/lutaria por ele ou se preocuparia com seu desaparecimento.

Lianna também testa/manipula Thorold. Ela também manipula a Monica? Ou ela está genuinamente irritada quando Thorold se envolve com Monica? Isso é mais um teste de Thorold? Certamente, para Lianna, a morte ou afastamento de Monica é necessária – ou parece ser. Lianna atraiu Thorold para seu mundo – e o mudou, pois ele é cativado por ela: em certo sentido, em seu poder. Ele tem qualidades que ela julgou que o tornariam uma pessoa adequada para ser pai de sua criança.

O Manuscrito termina com uma pergunta não formulada: qual será o destino de Thorold quando seu propósito for alcançado? Isto é, quando ele for pai de sua criança. Ele será um opfer ou se tornará parte de sua tradição? Pistas para a resposta são dadas em vários pontos do Manuscrito. Além disso, Lianna é uma satanista?

Certamente, ela não parece ser – não há ritos “satânicos”, não há invocações a Satan. A certa altura, ela diz que pertence a uma tradição mais antiga. Ela diz isso por algum motivo? – Enganar? Ela certamente representa uma escuridão primordial: e é uma genuína Senhora da Terra… Isso levanta a questão sobre o que realmente é o Satanismo genuíno: uma questão respondida, de fato, pelas ações de Lianna conforme descritas no Manuscrito do começo ao fim.

A CORUJA CINZENTA

Este é o Manuscrito mais esotérico e, portanto, o mais difícil de entender – à primeira leitura – e quando visto pelas ideias convencionais/aceitas de Satanismo/Magia Negra.

Isso mostra a magia real em ação em vários níveis: manipulação, empatia, formas (por exemplo, música), imagens e através da abertura de nexos psíquicos dentro dos indivíduos.

Essencialmente, o Manuscrito lida com as mudanças forjadas nas vidas de Mickleman e Allison, e como elas são feitas para auxiliar a dialética sinistra – ou seja, a estratégia aeônica sinistra, para auxiliar o presenciar de energias sinistras no causal e assim trazer/provocar mudança para o benefício do sinistro, auxiliando a evolução.

A magia aqui é apropriada para um Adepto Interno e além, enquanto as energias descritas (a forma externa) são simbólicas de uma esfera particular na Árvore de Wyrd (Mercúrio), embora outras energias às vezes estejam envolvidas/intrometidas.

Esta magia está muito distante da magia externa e, portanto, dos rituais/robes. Esta magia significa trabalhar com indivíduos como esses indivíduos são – uma sutil reorientação de suas consciências/vidas.

Mickleman é gradualmente mudado e levado a uma posição influente – o cargo de Professor – sem que ele perceba que isso está ocorrendo, pelo menos no sentido mágico. Ele acredita que ainda está no controle de seu próprio Destino – e é importante não minar essa crença, exceto na medida em que um certo autoconhecimento é obtido. Ele deve ter garantias de suas habilidades, essa confiança para cumprir o que é sua wyrd “oculta”. Ele se torna consciente, em termos com os quais pode lidar/está familiarizado (isso é importante), de certos aspectos arquetípicos que serão importantes para seu futuro desenvolvimento/posição profissional. Esses aspectos, pelos quais ele influenciará os outros de maneira não mágica, “semeando suas mentes”, ajudarão a dialética sinistra. Parte disso seria por meio do trabalho acadêmico (auxiliado por insights obtidos durante sua “manipulação”) e parte por seu próprio estilo de vida: seu passado “decadente” e seu futuro derivado do passado – ambos influenciariam os outros, fornecendo inspiração e, assim, mudando outros de certas maneiras.

Alison também mudou – percebendo o poder da música para transformar. Mais uma vez, seus objetivos, sonhos, esperanças etc. são descritos de sua própria perspectiva, de sua própria visão “moral” do mundo. No entanto, seus insights fundamentais são “provocados” por meio da magia/influência sutil de Edmund etc. Além disso, as formas futuras que ela cria/usa, embora tenham a aparência de formas convencionais (e talvez um conteúdo moral), alcançarão e ajudarão o sinistro (ou pelo menos a maioria/algumas delas). Ela mesma verá aqui os objetivos em termos de sua própria perspectiva: muitas vezes “moralmente”, sem perceber totalmente o que ela e seu trabalho estão alcançando – abrindo conexões e apresentando energias obscuras para influenciar/infectar outras pessoas.

Isso surge porque ela foi influenciada/dirigida pela magia em um específico: para acessar um nexion dentro de sua própria psique. (Tudo isso é uma notação muito importante para entender – e marca o insight apropriado para aqueles que aspiram ir além do estágio de neófito. Isso reflete a magia genuína em ação). Seus pensamentos/ações etc. (assim como outros) são frequentemente descritos “moralmente”.

A obscura vida interior de Edmund e Fiona (e, portanto, seus verdadeiros objetivos) está oculta – ou seja, não aberta, como geralmente convém a um Mestre e uma Senhora. Esses Adeptos geralmente trabalham esotericamente – eles não se encaixam nos modelos satânicos convencionais. Em suas maneiras diferentes, Edmund e Fiona vivem no mundo comum de uma maneira “comum” – eles são verdadeiros metamorfos que se misturam ao ambiente. Isso permite que eles trabalhem magia sinistra de forma eficaz. Além disso, Edmund não possui armadilhas normalmente consideradas como parte de sua posição – ele não tem riqueza, poder ou influência óbvia. Seu poder satânico é interno, oculto – é percepção, sabedoria e habilidade mágica de um tipo raro. Essa habilidade permite que ele opere magia nos outros (e, portanto, no mundo) como esses outros são – nos limites de seus próprios papéis/imagem na maior parte. O trabalho mágico de Fiona é muitas vezes mais evidente – por exemplo, usando sua sexualidade para obter vantagem, mas sua verdadeira magia ainda está oculta. Assim, o Manuscrito descreve Adeptos reais em ação.

UMA NOTA SOBRE O ROMPER DO SILÊNCIO

Este Manuscrito é frequentemente considerado como transformando o Quarteto em um Quinteto. É similar em sua magia à Coruja Cinzenta – embora o pano de fundo seja o Safismo.

Basicamente, Diane – que já possui uma consciência intuitiva da escuridão primordial e, portanto, do Satanismo – é conduzida à autodescoberta e à parceria mágica.

Ela tem um insight sobre a persona/força feminina (após a tentativa de estupro) e descobre o poder da música para capturar a essência escondida pela aparência.

Ela é seduzida por Rachael, que usa a música (sua forma de tocar piano) como um ato mágico. Apthone é o produto imaturo arquetípico desta era e suas sociedades: influenciado por desejos e usando manipulação mesquinha para alcançar objetivos inferiores. Quando ele se torna uma ameaça para Diane, ele é tratado por aqueles que a desejam, magicamente e sexualmente (Rachael e Watts). O acidente dele é puramente casual? Ou alguém, ou alguns, está (estão) cuidando de Diane? No final, Rachael conquista Diane. Ela é uma feiticeira hereditária – continuando a tradição de suas avós (perdendo assim uma geração: a mãe de Rachael). Essa tradição prospera em uma certa parte do interior perto de onde Diane mora.

Como em A Coruja Cinzenta, a perspectiva geralmente é a do personagem envolvido: ou seja, eventos/pensamentos, etc. são vistos através de seus olhos, com seus entendimentos/atitudes (muitas vezes morais e convencionais). Eles dão uma apreciação e compreensão dessas pessoas como elas são – e como a magia as afeta, geralmente sem que elas percebam. Exige que o leitor suspenda e transcenda as noções satânicas/sinistras convencionais (que muitas vezes são apenas a forma externa do que é satânico/sinistro, e não sua essência). Isso deve permitir que a magia genuína seja compreendida – pois deve ajudar na compreensão de como as formas/energias etc. afetam/alteram os indivíduos, muitas vezes inconscientemente. Tudo isso deve ajudar no autoconhecimento.

SOBRE O TRADUTOR

Ícaro Aron Soares, é colaborador fixo do PanDaemonAeon e administrador da Conhecimentos Proibidos e da Magia Sinistra. Siga ele no Instagram em @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.

ORIGINAL

Introduction to the Deofel Quintet

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