O caminho, o meio, o fim

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A Path Of Dark Trust – Richart Moult

O objetivo do Caminho Septenário é a iluminação. Trata-se de uma sabedoria, um entendimento e uma nova maneira de ser. Isso é uma apreensão do que É, contrário ao que aparenta ser, é uma forma prática de viver no mundo de uma maneira que muda o mundo.

A iluminação está além da dualidade do bem e do mal – além da luz e das trevas. Está além das palavras convencionais usadas para expressar entendimento. Essa apreensão de iluminação é a apreensão DAQUILO do qual toda a vida procede, e portanto DAQUILO que é ambos luz e trevas, e a mudança criativa que é a evolução. Como tal, a iluminação está além do sinistro.

O Caminho Septenário é um meio prático onde esse objetivo pode ser alcançado pelos indivíduos. E ele funciona. Há outras maneiras, e algumas delas funcionam. O aprendizado acadêmico que faz parte do Caminho Septenário também é um meio, um passo para algo além. Tal aprendizado é uma experiencia de aprendizado em si – um meio de apreensão da essência por detrás e além das palavras, ideias e teorias. É o trabalho prático, no mundo e relacionado à transformação do Ser, o que é importante.

A dialética sinistra é somente um meio de promover e encorajar a mudança que é necessária a qualquer momento de nossa evolução. E essa mudança é ambos pessoal, do Ser daquele que estiver seguindo o caminho, e dos outros no mundo, portanto das próprias sociedades. Essa mudança é em grande parte positiva, ou seja, ela encoraja a evolução: a transformações dos indivíduos. Pois é essa transformação dos indivíduos, para e além do Ser (e portanto para a iluminação), que é a evolução, para nós. Essa mudança é “boa”? Essa pergunta, geralmente feita, é irrelevante, pois o bom é aquilo que encoraja a evolução e que muda as coisas de uma maneira positiva, ou seja, aquilo que muda os indivíduos e lhes torna mais “iluminados”. Esse é todo o propósito do Caminho Septenário e da dialética sinistra (ou dialética da iluminação para ser exato!).

Todos que percorrem este caminho descobrem coisas por si próprios. Eles mesmos resolvem sozinhos os problemas que surgem, enquanto trabalham também sozinhos: rejeitando o que não é necessário, e usando o que é favorável na sua busca. Somente assim que a verdadeira experiência surge, que é a base da sabedoria. Aqueles que não conseguem ou não fazem isso, se perdem e falham.

Os meios das trevas, do sinistro – as imagens, a linguagem, os ideais, a prática, são em sua maioria um meio, um portal, um nexion, para desencorajar o fraco e encorajar o forte. Pois o forte que é necessário, o forte que sobrevive na busca mais difícil de todas – da verdadeira iluminação. Os outros apenas desperdiçam o tempo daqueles que trilharam este caminho antes, portanto, são filtrados de antemão. Portanto, eles são o primeiro teste, que aguarda aqueles que desejam se aventurar nos caminhos mais difíceis.

Ainda, as trevas, o sinistro, devem ser compreendidos de uma maneira teórica e prática, pois sem esse entendimento, acreditamos que não há possibilidade de uma unificação verdadeira, nenhuma viajem para além da iluminação e a verdadeira unificação dos opostos. ISSO faz com que o caminho septenário seja único. O que é obscuro deve ser CONHECIDO, pois somente então o Ser pode nascer e criar aquilo que está até mesmo além do Ser.

Nada mais pode ser escrito ou será escrito por nós, uma vez que já foi escrito o suficiente para capacitar aqueles que são capazes e que possuem o desejo de seguir o caminho em sua finalidade de iluminação.

Christos Beest, ONA. 1998eh.
Tradução: AShTarot Cognatus

– Ordem dos Nove Ângulos –

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