O Grimório de Bafomet
Tradução de Ícaro Aron Soares, @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.
O ritual pode ser realizado – em climas setentrionais – no ou perto do equinócio de outono (para o nexion Dabih) ou no solstício de inverno (para o nexion Algol) ou, para quaisquer climas incluindo o meridional e equatorial, quando Júpiter e Saturno estão próximos à lua que está se tornando nova, sendo a hora causal antes do amanhecer.
Para Dabih, o tempo causal mais propício (efetivo) é quando Vênus se põe depois do sol, e a própria lua oculta Dabih ou está próxima a ela.
O ritual deve ser realizado em uma caverna subterrânea, se possível onde a água flui, ou perto de onde a água flui, e envolve um Sacerdote e uma Sacerdotisa, bem como pelo menos um cantor treinado no Canto Esotérico sinistro [qv. o Manuscrito da ONA, NAOS], juntamente com uma congregação de homens e mulheres, ou todos os homens, ou todas as mulheres, dependendo da orientação dos participantes. É necessário um grande tetraedro de cristal feito de quartzo puro – quanto maior, mais eficaz é o ritual. Cada membro da congregação também deve ter consigo pequenos tetraedros de cristal, que seguram em suas mãos durante o ritual, e cada membro da congregação também deve ser treinado em cantos esotéricos sinistros.
O ritual também pode ser realizado em uma cripta de tamanho adequado, com boa acústica. Seja qual for o local escolhido – e uma caverna natural é melhor – a única luz deve ser a de velas.
O cristal grande deve ser colocado em um suporte preferencialmente de carvalho com uma folha de mica entre ele e a madeira. O Sacerdote, a Sacerdotisa e os Cantores ficam perto do cristal, enquanto a congregação (de pelo menos seis) forma uma elipse ao redor deles. A congregação dança lentamente no sentido da lua e entoa o canto “Atazoth“, enquanto o(s) Cantor(es) vibra(m) em Mi menor “Nythra kthunae Atazoth“.
Após esta vibração, o cantor e o Sacerdote (ou dois Cantores, se houver dois) vibram em quartas o canto “Diabolus” enquanto a Sacerdotisa coloca as mãos no cristal, visualizando a Estrela Nexion e sua ruptura.
Após o Diabolus, o Sacerdote sinaliza para a congregação que começa a caminhar lentamente, no sentido contrário ao da lua, cantando Binan Ath Ga Wath Am. O Sacerdote e a Sacerdotisa então vibram “Binan ath ga wath am” uma quinta à parte (ou uma oitava e uma quinta) enquanto o(s) Cantor(es) vibra(m) “Atazoth“. Se dois Cantores estiverem presentes, esta vibração Atazoth começa em paralelo: o próximo “Atazoth” é uma quinta distante assim como a terça. Depois disso, eles entoam, em quintas, o ‘canto Atazoth‘ de acordo com a tradição. Enquanto os Cantores continuam cantando, o Sacerdote e a Sacerdotisa começam sua empatia e pensamento acausal, direcionando suas energias para o cristal.
Se apenas um Cantor estiver presente, a vibração “Atazoth” é continuada nove vezes e então o ‘cântico Atazoth‘ realizado pelo Cantor e o Sacerdote, em quintas.
É a Sacerdotisa – como Rounwytha – que silenciosamente concentra e dirige a energia acausal liberada em direção ao tetraedro que ela, por meio do dom e habilidade de empatia acausal e pensamento acausal, usa como nexion. Ela então conscientemente escolhe um dos humanos presentes para atuar como hospedeiro interno, temporário ou não.
A Sacerdotisa sinalizará o sucesso do ritual pegando a mão do escolhido como anfitrião e colocando ambas as mãos do anfitrião no cristal.
SOBRE O TRADUTOR
Ícaro Aron Soares, é colaborador fixo do PanDaemonAeon e administrador da Conhecimentos Proibidos e da Magia Sinistra. Siga ele no Instagram em @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.