Parsons na Zona Malva

A Fonte de Hécate

Por Kenneth Grant, Hecate’s Fountain, Parte I, Capítulo 3. Tradução de Ícaro Aron Soares, @icaroaronsoares, @conhecimentosproibidos e @magiasinistra.

Um excelente e comparativamente recente exemplo de magia tangencial ocorreu em conexão com o Trabalho de Babalon realizado por John W. Parsons, 1 pouco antes da morte de Crowley em 1947. A intenção de Parsons era evocar uma criatura elemental tendo, entre outras características, cabelos ruivos e olhos verdes. Ele concebeu uma conjuração baseada no sistema enoquiano do Dr. Dee. Uma entidade respondeu na forma de Marjorie Cameron, que preencheu os requisitos necessários. Mais tarde, ela afirmou ser uma encarnação de Babalon e também estar grávida de uma “criança mais poderosa do que todos os reis da terra”. 2 Para a primeira parte desta história, baseei-me em cartas escritas por John Parsons para Cameron durante o final dos anos 1940, e cartas escritas durante 1952 e 1953 por Cameron para Jane Wolfe. 3 A segunda parte, provavelmente desconhecida de Cameron, data de 1955 e ainda está em andamento.

Em 28 de fevereiro de 1946, Frater Jopan realizou uma invocação no deserto de Mojave, Califórnia. Uma Força que ele intuiu como Babalon respondeu, e não demorou muito para que o obcecasse e ordenasse que ele escrevesse O Livro de Babalon (Liber 49) 4 que se descrevia como o “quarto capítulo do Livro da Lei”. Afirmou isso com o fundamento de que representava a fase final da fórmula do Tetragrammaton, a fase que representa o ‘aspecto da filha’ 5 da Divindade. Portanto, pretendia completar e aperfeiçoar o AL, que terminara com o terceiro capítulo contendo a proclamação de Hórus, o aspecto do filho. 5

A Força que possuía Parsons no deserto alegava ser Nuit, a irmã incestuosa de Rá-Hoor-Khuit, que fala através do terceiro capítulo do Livro da Lei. Parsons afirmou que ela o instruiu a procurá-la no Sétimo Ar, 6 o que ele fez. Ele também descobriu que, entre outras coisas, esperava-se que ele realizasse uma “Peregrinação Negra” e publicasse “o assunto secreto dos adeptos que conheces”. 7 Além disso, existe a menção ao trabalho da “aranha e da serpente”, zootipos que foram exaustivamente explicados nestas trilogias.

Era crença de Parsons que O Livro de Babalon continha o “registro de um experimento mágico relacionado à invocação de um elemental e, posteriormente, da Deusa da Força chamada Babalon, e seus resultados”. Ele também acreditava que o Aeon de Hórus, introduzido pelo AL, estava relacionado ao Fogo e a Marte, que ele interpretava em termos de guerra e violências semelhantes; 8 ao sol, como poder e energia; e também à “Criança”. A manifestação da criança que ele reconheceu na “destruição de velhas instituições e ideias, a descoberta e liberação de novas energias, e a tendência para governos de poder, guerra, homossexualidade, infantilismo e esquizofrenia” – um quadro surpreendentemente preciso da sociedade de hoje. Ele também estava imbuído da crença de que esta bela imagem seria melhorada um pouco pela contrabalançadora Força de Babalon que encarnaria “amor, compreensão e liberdade dionisíaca”. Parsons nutria uma profunda convicção de que essa força contrária foi historicamente encarnada em uma mulher viva como resultado direto de seu Trabalho de Babalon. Que ele não identificou essa mulher com Cameron fica claro em uma carta na qual ele escreveu: “Sei que Babalon está encarnada na terra neste momento, embora não saiba onde ou como quem. Eu acredito que ela se manifestará em seu devido tempo…” 9

Parsons expressou sua atitude geral em relação à magia, e à magia ritual em particular em várias cartas à Cameron. 10 Ele destacou a distinção entre sua arte e sua ciência:

“A invocação de forças menores (espírito, anjo, demônio, elemental) é exata e, como o amor não costuma entrar tanto, em certo sentido [é] muito mais perigoso do que a invocação de deuses. No trabalho superior você está realmente cortejando o deus – é um ato de arte. No inferior você está compelindo – é um ato de ciência.”

E novamente:

“Os métodos primários são: 1) Goetia (Daemônica), 2) Planetária (Clavícula de Salomão), 3) Enoquiana (Elemental e Ares), 4) Solar (Anjo Guardião). Achei o Enoquiano o melhor (embora complicado). O Tarô corresponde ao sistema Enoquiano obtido pelo Dr. Dee – os Trunfos aos Ares, as Cartas da Corte aos Deuses, Anciãos e Anjos, e os números aos ângulos menores.”

Do Ritual do Não Nascido 11 Parsons observou que era: “suscetível de produzir fenômenos secundários perigosos e, às vezes, assombração permanente em uma área onde se repete.”

Ele o descreveu, significativamente, como um “ritual sumério do mesmo período que a fórmula de Inanna e dos Annunaki”. 12

Parsons favoreceu uma abordagem simples e direta da magia. Ele percebeu que sistemas como o Enoquiano e o Gnosticismo – sobre os quais Crowley se baseava fortemente – eram muito complexos para apelar diretamente para os indivíduos que ele mais desejava entusiasmar e se alistar no programa de liberdade thelêmica que ele imaginava. Ele pensava que o cristianismo, embora falso, triunfou sobre o gnosticismo por causa de seu apelo mais simples e direto. Deve ser lembrado que Parsons teve que lidar com os americanos, um povo divorciado do ethos clássico no qual Crowley e os magos anteriores estavam mergulhados:

“A simplicidade tem sido a chave para a vitória em todas as guerras de ideias”, afirmou Parsons, “e, no momento, a Magia não tem. Há o esqueleto nos Direitos Humanos 13 e as coberturas na literatura principal. Mas o verdadeiro corpo nunca foi mostrado”.

Mesmo assim, o Liber 49 não é simples, é mal estruturado, repleto de erros gramaticais e ortográficos e dificilmente digno de ser classificado ao lado do AL, muito menos de permanecer como seu quarto e último capítulo e, no que diz respeito ao apelo às massas, sem esperança. No entanto, é de algum interesse histórico, pois contém várias profecias precisas, incluindo uma indicação inequívoca das ordálias que o aguardavam: a Peregrinação Negra 14 e o modo de morte pelas chamas. 15 Também profetizou as andanças de Cameron e a concepção da criança que nasceria [na Zona Malva], não nove meses, mas nove anos depois. 16 O erro de tempo, ou seja, nove anos em vez de nove meses, é típico de uma combinação do esperado com o inesperado e é peculiar à maioria dos fenômenos mágicos tangenciais.

Em sua carta à Cameron, Parsons se refere à “passagem do Guerreiro que está apenas uma polegada além do possível e na qual a realização mágica é experimentada”.

Ele descreve o processo em termos que lembram Austin Spare e, mais recentemente, Carlos Castañeda, embora ambos os escritores fossem desconhecidos de Parsons. Por exemplo, ele descreve “… a descida do ego entre as costas inflexíveis ou maléficas dos deuses.” Para ir fundo é preciso rejeitar cada fenômeno, cada iluminação, cada êxtase, descendo sempre até chegar aos últimos avatares dos símbolos que também são os arquétipos raciais.” 17

Ele ainda afirmou que

“Neurose e iniciação são a mesma coisa, exceto que a neurose para antes da apoteose, e as tremendas forças que moldam toda a vida são incisadas – curto-circuitadas e tornadas venenosas. A psicanálise transforma os falsos símbolos do ego e os exterioriza em falsos símbolos sociais; é uma confusão de conformidade e cura em termos de comportamento de grupo”.

Parsons escreveu sobre a Deusa Kali, a contraparte hindu de Babalon:

“Ela é negra, assassina e horrível, mas Sua mão está erguida em bênção e garantia: a reconciliação dos opostos, a apoteose do impossível”.

Em 1955, Cameron fez o papel de Kali no filme de Kenneth Anger “The Inauguration of the Pleasure Dome (A Inauguração da Cúpula do Prazer)”, que era ostensivamente sobre Aleister Crowley. Entre suas co-estrelas estavam pessoas com quem ela realizava os estranhos rituais que ela menciona em suas cartas para Jane Wolfe, rituais que levaram, ela acreditava, ao cumprimento da profecia sobre a “criança mais poderosa que todos os reis da terra”.

Para interpretar esta profecia é necessário entender que a expressão “reis da terra” tem uma conexão especial, e em mais de um sentido, com a Corrente 93. 18 Por exemplo, refere-se ao Décimo Grau da O.T.O., cujos membros são conhecidos como “reis”, e aos quais são atribuídas várias zonas terrestres sobre as quais exercem jurisdição oculta. A esfera da terra é simbolizada pelo signo , daí X°, e seu controle pelos “reis”. “Mais poderosa que os reis” implica, portanto, o Um Além Dez, a saber: onze, ou o XI°. 19 Esta é uma referência à Estrela da A.’. A.’., a Estrela de Sirius ou Set, que contém as Estrela sétupla de Babalon esperada por Cameron. Ela havia usado, de forma literal, a fórmula do Tetragrammaton com o propósito de criar as condições necessárias de concepção às quais aludiu várias vezes em suas cartas a Jane. Se ela tivesse acrescentado à Estrela de Babalon a fórmula do Tetragrammaton, Cameron teria contemplado a Estrela de Onze Pontas de Set, que é o que de fato apareceu na Zona Malva em 1955, quando a Loja Nova Ísis foi fundada como uma célula interna da O.T.O.. As radiações dos kalas da Estrela de Onze Pontas foram recebidas através do prisma da Loja, que foi dedicada a esta nova forma ou encarnação de Babalon, Kali ou Ísis. 20 As observações de Parsosn sobre a Vida são, novamente, reminiscentes das de Austin Spare: –

“Vivemos um símbolo do que sabemos que é e, finalmente, transcendendo o símbolo, nos tornamos um com ele. Esta é a sabedoria dos homens das cavernas que perdemos. Era a sanidade deles; a falta dela é nossa loucura. Não sabemos mais como agir e, tendo perdido o símbolo, perdemos a realidade”.

“Não pela lógica, nem pelo intelecto, nem pela razão podemos recuperá-lo – mas por danças selvagens, ritos solenes e cantos em línguas desconhecidas. Somente na direção irracional e desconhecida podemos chegar a ela novamente.”

Cameron deveria entrar nessa “direção irracional e desconhecida” em seu voo fantástico através dos reinos mágicos vários anos depois que Parsons foi devorado pelas chamas. 21 Ela realmente “vagou na floresta de bruxas sob a Noite de Pã”, como profetizado no Liber 49, e ela conhecia alguns dos “mistérios do Bode e da Serpente”, 22 mas não é aparente em nenhum lugar que ela conhecia a identidade das crianças que estão ocultas”. Esta frase refere-se aos manequins mágicos nutridos no silêncio e na escuridão do Atua. 23

As várias cópias do Liber 49 que eu vi faltam quatro versos, mas o que resta não deixa dúvidas quanto à natureza do Caminho mapeado para Cameron. Não era o “caminho solene” ou o “caminho racional”, mas o “caminho livre e selvagem da águia, e o caminho tortuoso da serpente, e o caminho oblíquo do fator desconhecido e incontável”.

O caminho oblíquo lembra o “caminho funambulatório precário entre os êxtases” de Spare; o fator desconhecido é um eco de AL. III.32. A forma não numerada exige uma interpretação mais explícita. É um ponteiro direto para o Aeon Silente de Zain. Zain = 7, o número da Estrela de Babalon; é também a letra atribuída ao Caminho 17 da Árvore Sefirótica, que se reflete nos Túneis de Set como o Caminho de Lam, 24 que, por não ter palavras, também não é numerado. Ao Caminho 17 é atribuído o kala malva na Escala de Cores dos kalas duplos femininos (Mãe e Filha); a ela também é atribuída o kala do Absinto, com a qual Cameron identificou sua Estrela.

Na época em que recebeu o Liber 49, Parsons não poderia estar ciente de certas cartas escritas por Frater Achad, 25 que vieram à tona após a morte de Parsons. Nelas, Achad expressou dúvidas quanto ao fato de Crowley ter pronunciado a Palavra do Aeon de Hórus porque, tendo se identificado com a Besta, ele ficou mudo; e de alguma maneira inexplicável ainda não claramente compreendida, o próprio Aeon de Hórus se fundiu com o Aeon Sem Palavras. No Livro do Anticristo Parsons escreveu, descrevendo a Peregrinação Negra:

“…Babalon me chamou novamente, e eu comecei o último trabalho, que foi o Trabalho da Baqueta. E trabalhei 17 dias, até que Babalon me chamou em sonho, em trabalho astral. Então reconstruí o templo e comecei a Peregrinação Negra, como Ela instruiu.

E eu fui pelo pôr do sol com Seu sinal, e pela noite passando por lugares amaldiçoados e desolados e ruínas ciclópicas, e assim cheguei finalmente à Cidade de Chorazin. E ali foi erguida uma grande torre de Basalto Negro, que fazia parte de um castelo cujas ameias posteriores cambaleavam sobre o golfo das estrelas. E sobre a torre estava este sinal

Como observado em Nightside of Eden (O Lado Noturno do Éden), Chorazin é a Cidade de Babalon, assim como Choronzon é a Cidade da Besta. Ambos os nomes contêm o “filho” como Chor, Har ou Hórus, e o Aeon Sem Palavras como Zain ou Zin. Chorazin é mencionada no Necronomicon em uma passagem aludindo aos “mentirosos à espreita” que formam o anel daqueles que não passam dentro da própria cidade.

Aleister Crowley, Charles Stansfeld Jones, John W.Parsons, Marjorie Cameron, Sóror Andahadna, Michael Bertiaux e Kenneth Grant, todos são elos da corrente Sirius-Maat. O elo representado por Cameron lançou um laço tangencial que puxou para a esfera da Corrente Dupla 27 as radiações diretas da Zona Malva encarnando um elemental que deveria abrir um portal que permanecera selado desde o Aeon de Azyn. 28

Parsons faleceu em junho de 1952. Seis meses depois, em uma série de cartas para Jane Wolfe, Cameron afirmou que ela havia passado por uma das “mais estranhas e selvagens viagens ao desconhecido que já foram contadas”. Por causa disso, ela foi considerada louca e evitada por todos, exceto por “poucos peculiares”. Ela afirmou que o Trabalho de Babalon que Parsons havia começado em 1946 “colocou em movimento a segunda parte de uma grande força que foi dividida em três. A{leister} C{rowley} começou a primeira, três anos antes de eu nascer. Eu nunca conheci o homem, mas seu desejo me deu à luz. Sua paternidade canta em minhas veias”.

O palco estava montado para uma Grande Operação Mágica iniciada no momento em que Crowley estava passando por sua ordália definitiva no caminho para atingir o Grau de Ipsissimus, , 29 ou seja, em 1924. Esta passou a ser também a época de nascimento do presente autor, que mais tarde se tornou Aossic-Aiwass 718 e sucessor de Crowley como o Chefe Externo da Ordo Templi Orientis. Assim, como Cameron Parsons, Aossic também foi engendrado pelas operações mágicas postas em movimento por Crowley na Zona Malva. Elas brilharam na atmosfera da Terra e, por um breve período, entraram em erupção em Cefalù, Tunísia e Chelles. .

Escrevendo para Jane Wolfe sobre uma lembrança de sua infância no extremo norte de Wisconsin 30 – “um país de grandeza feroz” – Cameron menciona um poço que ela sempre acreditou ser o “buraco do inferno”. Esta é certamente uma alusão oblíqua a um Portal Obscuro para a Zona Malva, selado há muito tempo pelos índios Dakota; uma ressurgência de memória em seu ciclo de vida atual. Na mesma carta ela alude à “minha Estrela, a Estrela Absinto que nascerá neste Solstício de Verão do ano de 1953”.

Cameron acreditava que a máquina de guerra referida em AL. III.7, era o Disco Voador, e que através de seu intervalo, e por meio dessas máquinas de guerra, seus “poucos peculiares” seriam transportados para Marte,

“que acredito ser de alguma forma meu lar. A Terra explodirá em uma colisão das duas Ilhas Estelares que são relatadas agora se movendo uma em direção à outra nos céus. E como resultado disso, minha estrela, a grande Estrela de Sete Pontas de Babalon, nascerá nos céus.”

A Estrela não nasceu no Solstício de Verão de 1953, nem em qualquer outra época conhecida; mas em 1955, a Estrela de Set de Onze Pontas, além de Yuggoth – a Estrela conhecida como Nu-Ísis – começou a transmitir as vibrações que foram recebidas pela Loja Nova Ísis naquela época. Essas transmissões duraram sete anos e seus resultados estão incorporados em minha dupla trilogia e em um certo grimório secreto conhecido como The Book of the Spider (O Livro da Aranha), que permanecerá inédito até que um trono predestinado seja ascendido.

Como explicado, a Estrela tinha onze, não sete pontas, porque o Tetragrammaton havia sido incluído em sua fórmula. Cameron repetidamente aludiu à maneira como ela concebera a criança-estrela, mas ela não entendia suas energias como entidades distintas suplementando sua natureza sétupla.

Portanto, é necessário, nesta fase, investigar o significado preciso dado por Cameron a esta fórmula. Ela estava bem ciente de que o segredo definitivo do poder mágico está no secreto aeon (secret-ion, secreção) 31 representado pela corrente lunar que se manifesta através dos kalas dos fluidos menstruais. A Corrente Lunar é uma das duas chaves principais que, em suas cartas a Jane, Cameron antropomorfiza como Rei Salomão e a Rainha Sabá – “a semente e o ímã”. Segundo Cameron, os judeus distorceram a ideia da semente e a esconderam no Pantáculo (moeda); daí seu poder sobre os elementais do dinheiro em todo o mundo. Além disso, eles selaram esse pacto pelo rito da circuncisão, no qual ela viu um símbolo da fellatio, a felação – a técnica usada pela Sacerdotisa para extrair a energia solar vital exigida pelo Rito secreto. Cameron também sustentou que os africanos haviam “torcido” a ciência dos kalas lunares “em tabus de sangue (sistema de castas) e canibalismo vodu”. O canibalismo mágico genuíno, como ela declarou, concerne em devorar a fonte real de poder (ou seja, os kalas lunares), seja como perfumes ou flores para os mortos (para os carniçais), atribuídos ao elemento Ar; como fluidos vitais (para vampiros), atribuídos à Água; ou como essências materiais (para canibais), atribuídas à Terra. Ela cita o termo “rainha dos peixes”, que denota os praticantes de cunnilinctus, a cunilíngua, e que deriva seu significado do “segredo do próprio útero, onde nadam serpentes e peixes – a memória de toda evolução”. Os kalas contêm as secreções e os secretos aeons que formam os elos da catena (corrente) evolutiva; eles resumem o subconsciente da raça e sua emergência da vida aquática para a terra seca (o sonho para a consciência desperta), a reversão protoplasmática pode ser efetuada por uma viparîta mágica dos kalas, que são então absorvidos pelo feiticeiro, como na fórmula do Ressurgimento Atávico de Austin Spare.

A essência da questão pode ser resumida da seguinte forma: Os emissários dos Antigos buscam nutrição de um tipo que está disponível na Terra apenas durante os kalas lunares da fêmea humana núbil. Isso não quer dizer que Seu interesse em nosso planeta seja totalmente material, não é, mas destaca um fato que geralmente não é conhecido, que é que elementos especificamente humanos são vitais para Seu sustento, e que podem ser obtidos em quantidade suficiente apenas de certas fontes até então insuspeitas.

A respeito do canibalismo, o artigo de Andahadna “The Feast of the Hive (O Banquete da Colmeia)” 32 descreve um elaborado ensaio simbólico de uma operação que ela dramatizou para fins de arte e de ocultação. Sua pintura “Demon Feast (O Banquete do Demônio)”, 33 e a mórbida refeição necrófila celebrada pelos feiticeiros no Planalto de Lêng são apenas modos diferentes de representar e de velar ritos idênticos.

Vale a pena notar neste contexto lovecraftiano que Cameron viveu quando criança na parte mais ao norte de Wisconsin, que é uma região associada ao Ciclo dos mitos de Cthulhu até August Derleth. A região contém um lago 34 que cobre um portal para a Zona Malva, ao qual os Cultistas de Serpentes dirigidos por Michael Bertiaux recorrem em certas épocas do ano para invocar os Profundos.

Como Austin Spare, Cameron associou-se a uma mulher-bruxa que tinha afiliações ocultas com antigos cultos indianos que mantinham ininterrupta uma tradição secreta de tráfico com os Grandes Antigos. Os Narragansetts da região da Nova Inglaterra, os Adena de Ohio e os índios Lenape da Califórnia são conhecidos por terem forjado ligações com entidades geradas na Zona Malva e nos anéis externos de Yuggoth.

Durante sua estada no deserto de Mojave, as faculdades psíquicas latentes de Cameron foram reativadas. Ela escreveu a Jane Wolfe a respeito de um “terceiro feixe de audição”:

“Há alguns meses estou ciente da intensidade crescente do que chamo de um terceiro feixe de audição. Posso descrevê-lo como o som de um feixe de rádio que se capta em ondas curtas. É independente da minha audição normal – se eu fechar os olhos não é afetado de forma alguma. Há momentos em que é tão intenso que posso realmente ‘sintonizar’ – virando meu corpo. Parece ser aumentado em poder pela presença de alguns outros humanos… Tenho a sensação de que há alguém do outro lado, ou deixe-me dizer que tenho a sensação de que o feixe transcende o tempo e o espaço e que estou ouvindo o som do meu transmissor ecoando em lugares incríveis.”

Lovecraft aludiu a experiências semelhantes durante que um zumbido sinistro, como um enxame de insetos, 35 permeou sua esfera astro-audível.

Mas há outras explicações, uma das quais lembra o curioso fenômeno relacionado com Ma-Ion mencionado por Frater Achad em sua “Correspondência não oficial”, Em 1926 Achad vibrou uma Palavra Mágica 36 que, ele supôs, preencheu o hiato deixado pela incapacidade de Crowley de fazê-lo. Em 1948, Achad visitou os Estados Unidos e lá conheceu uma mulher, que ele sabia ser psíquica, e a quem ele havia mencionado em uma carta, sua crença de que a humanidade havia entrado em um novo ciclo, embora não lhe tivesse mencionado a Palavra, vibratória ou não. No entanto, “Quando estávamos juntos, ela imediatamente me pediu para discutir meu trabalho nos planos internos. Eu disse a ela que não fazia nada que eu soubesse, a não ser durante o curso de meditação, etc. Mas ela disse que queria saber mais sobre a Palavra que eu ensinei a ‘aula’ a vibrar nos planos internos à noite. Ela não acreditou em mim quando eu disse a ela que eu não tinha conhecimento de tal coisa. Mas, ela disse, eu estou lá nas aulas e você continua explicando para cerca de trinta de nós como usar essa palavra do Ma-Ion. Tive um péssimo trabalho para convencê-la de que tudo isso era novo para mim…”

“Marcamos outro encontro no qual consegui que ela escrevesse foneticamente algumas das ‘músicas’ que estava ouvindo… que imediatamente reconheci como muito semelhantes aos extraordinários nomes de vibração gnóstica que aparecem na Pistis Sofia e nos Oráculos Caldeus. Eu a questionei sobre isso e ela nunca tinha ouvido falar deles. Então eu a fiz ir para casa e escrever uma passagem mais longa. Isso ela fez e me enviou. Era bastante evidente que ela estava ouvindo algum método bastante extraordinário de usar a própria palavra, Ma-Ion, como uma vibração nos planos internos. Isso foi muito interessante para mim porque eu só usei Ma-Ion (as letras da palavra em um arranjo) como a marca do Ciclo ‘Filha’. Meu próprio método de pronunciar a Palavra de 1926 é bem diferente – de modo que o que quer que ela estivesse recebendo era algo inteiramente novo para minha mente consciente.”

Ele concluiu a carta 37 aconselhando seu correspondente

“a colocar em [seus] arquivos como prova, acredite ou não, [que] alguém foi afetado por ‘uma palavra vibratória que, dessa forma, nunca enviei conscientemente para fora. Talvez seja um resultado colateral (para o Ciclo menor) da palavra em sua forma original como usada em 1926…”

Seja como for, a palavra Ma-Ion em qualquer arranjo, se vibrada, teria uma semelhança com o zumbido ou o som de insetos.

Esperava-se que Cameron entrasse em algum tipo de pacto com a mulher-bruxa indiana, cujos termos ela descreveu como

“mais repugnantes para mim – já que se não é o poder sagrado que procuro, é a arma mais mortal da Fraternidade Negra, com certeza…”

Em outra carta ela diz a Jane:

“Carrego dentro de mim algo negro e terrível – se contorce em meu útero como um monstro do Inferno”.

A criança finalmente nascida de Cameron não viveu nesta terra, nem foi concebida aqui, mas na Zona Malva, onde floresceu por algum tempo, ganhou vida independente e depois desapareceu, fora dos Círculos do Tempo.

Em 17 de março de 1953, Cameron escreveu para Jane:

“Farei um livro de poemas, Songs of the Witch Woman (As Canções da Bruxa) e eu o ilustrarei com meu desejo. Quando isso for realizado, a manifestação do meu A{njo} G{uardião} dentro de mim estará completa…”

“Comprei hoje todo o equipamento para esta empreitada. É interessante notar que o total da minha compra foi de 817, o inverso de 718, da própria E{stela} da R{evelação}”.

Aqui novamente é uma referência, pelo caminho inverso da Zona Malva, a Aossic Aiwass, cujo número na O.T.O. é 718, o número da Estela de Revelação. 817 é o número de Amoun, o ‘Deus Oculto’ ou o ‘Oculto’, uma descrição precisa de Aossic na época dos trabalhos de Cameron, e uma possível pista para a natureza do Anjo Guardião que ela escondeu dentro de si mesma como uma criança mágica. A palavra estela significa uma pedra. A forma grega da palavra – sugere Cthulhu, uma observação feita na edição Schlangekraft do Necronomicon. 38 A estela tornou-se geralmente associada à pedra comemorativa dos mortos. No Ritual Egípcio, a estela comemora mais precisamente os mortos-vivos, ou a Sombra. A palavra também sugere uma conexão estelar, daí a sombra astral. No Necronomicon, Cthulhu é descrito não como morto, mas como “sonhando”, ou seja, ele existe como uma sombra nos níveis astrais. No Rito do Rubi Estrela de Crowley, é feita menção a uma pedra na qual “a Estrela dos Seis” está fixada. 39 Esta pode ser uma referência indireta ao Hexecontelithos (Hexencontélito), a Sixtystone, ou a Pedra dos Sessenta, conhecida por certas entidades ctônicas descritas pelo histógrafo Solino:

“Eles habitam em lugares remotos e secretos, e celebram mistérios sujos em colinas selvagens. Nada têm em comum com os homens a não ser a face, e os costumes da humanidade lhes são totalmente estranhos; e eles odeiam o sol. Eles assobiam em vez de falar; suas vozes são ásperas e não devem ser ouvidas sem medo. Eles se gabam de uma certa pedra, que eles chamam de Sixtystone (Pedra dos Sessenta) porque dizem que ela exibe sessenta caracteres. E esta pedra tem um nome secreto e indizível; que é Ixaxaar.” 40

O número deste “nome indizível” é 333, 41 que revela sua conexão com a Corrente Coronzônica, e que o relaciona diretamente com as Qlifot. Esta pedra possui uma função semelhante, mas muito maior do que a do Pentagrama Averso que evoca os habitantes das Qlifot.

Nas línguas maias, Ix é um prefixo feminino. Girard 42 observa que “ix” entra nos nomes das deusas lunares; daí a antipatia pela corrente solar. Além disso, em um caso denota o jaguar que, no simbolismo maia, equivale ao demônio. “Ix” também entra em nomes para a lua em idiomas que preservaram seus arcaísmos para qualquer grau maior… 43 Assim temos as ideias de Ixaxaar expressas através de uma mitologia formal que as equipara com a lua, a fêmea (os kalas lunares) e as Qlifot (jaguar/felino/demônio etc.)

Crowley investigou as propriedades cabalísticas da palavra em 1921. Em maio daquele ano ele anotou em seu Magical Record (Registro Mágico) uma experiência perturbadora que ele descreve da seguinte forma:

“Esforcei-me para retomar o sono por alguns minutos e fui vítima de uma ‘alucinação’ do tipo mais alarmante, ouvindo uma batida abafada em cadência lenta, como se estivesse nas profundezas da terra, bem embaixo da minha orelha.”

Este fenômeno é conhecido por indicar a proximidade dos Grandes Antigos. 44 Também neste período Crowley notou que durante os Rituais realizados naquele ano, 45 ele e outros celebrantes na Abadia 46 ouviram vozes alienígenas (ou estranhas):

“Maitland e eu ouvimos, durante o Mantra para Pã esta noite, a Voz de Um Outro e não era de nenhum dos celebrantes humanos da Orgia. Todos nós, em várias ocasiões, ouvimos vozes alienígenas; Lembro-me especialmente de ser ecoado por duas linhas completas do Hino. Alostrael [Leah Hirsig] uma vez ouviu uma Voz” – ela disse a Crowley – que “se compara com uma voz humana um pouco como seu Sino Mágico faz com qualquer outro sino”.

Crowley observou:

“Muitos de nós já vimos coisas mais ou menos ‘físicas’ de vários tipos; e houve um ou dois fenômenos ‘poltergeist’ de um tipo menor.

Depois de uma invocação de Hécate 47

“Maitland viu Hécate – uma figura quase sólida – com os olhos abertos. Ela estava em uma túnica preta, com um rosto muito branco e coroa de ouro”… “Eu mesmo me aproximo surpreendentemente do transe toda vez que faço o novo ‘Pentagrama’…”

Por novo Pentagrama Crowley queria dizer a versão avessa dele que ele havia inventado para uso na Abadia. Ele estava naquele tempo realizando magia envolvendo vários dispositivos qlifóticos, pois em Cefalù ele se aprofundou quase exclusivamente nas práticas da Mão Esquerda. Ele ali concebeu e escreveu a maior parte dos rituais que mais tarde foram publicados em Magick.

Foi neste período também que ele tentou interpretar o “grito em uma língua desconhecida” recebido vários anos antes enquanto canalizava o Liber VII. 48 Ele avaliou o número do clamor como 1324; no entanto, pesquisas posteriores sugerem 1364 como um equivalente mais provável e possui correspondências excepcionalmente significativas. 49 Primeiro, é o número de , 50 geralmente conhecido por suas iniciais, a A.’. A.’… Em segundo lugar, o nome Ilyarun (lua) 51 como 376 + Abrasax (sol) 52 como 595 + Sefekh (a Deusa/Nu-Ísis) 53 como 393 = 1364. Além disso, as Chaves Thelêmicas de Poder 31, 93, 418, 156, 666, também são iguais a 1364. 1364 é 341 54 x 4. O número 341 é a soma das ‘Letras Mães’, Aleph, Mem, Shin. 341 dividido por 11 = 31, a Chave do Livro da Lei. Finalmente, 1364 se reduz a 14 que é o kala de Daleth, que significa ‘porta’ ou ‘portal’ (para o além); 1 + 4 = 5, o número feminino por excelência, o número do Pentagrama, a Estrela da Deusa. Os números 13 e 64 significam respectivamente a) A escala da mais alta unidade feminina, 55 o número lunar, b) O número perfeito da Matéria ou Manifestação. 64 é 8 x 8, sendo 8 o número do tarô psicossexual que, ao se manifestar no organismo humano polarizado produz os 256 (64 x 4) venenos ou kalas da Deusa. 56

ILUSTRAÇÕES

A Pirâmide do Poder, de Steffi Grant. O Sistema de Obtenção de Graus da Loja Nova-Ísis, O.T.O, 1955-62.

NOTAS

1 Frater Jopan, 210, falecido na Agapé Lodge, O.T.O., Pasadena, Califórnia.

2 Veja AL.II.45 e O Renascer da Magia, capítulo 9.

3 Sóror Estai, que ficou com Crowley na Abadia de Thelema em Cefalù, Sicília, em 1920. Ela permaneceu uma thelemita devota até sua morte em 1958.

4 49 =7 x 7. Sete é o número da Deusa e da Esfera atribuída a Vênus na Árvore Sefirótica.

5 A fórmula IHVH é antropomorfizada como Pai, Mãe, Filho e Filha, nessa ordem.

6 Uma referência ao Sistema Enoquiano de Dee e Kelley. Veja A Visão e a Voz (Crowley).

7 Os adeptos eram, presumivelmente, Crowley, a quem ele não conheceu, mas com quem ele se correspondeu, Karl J. Germer, superior de Parsons na O.T.O., e W. T. Smith, que o iniciou e a quem Parsons sucedeu como Cabeça da Agapé Lodge quando Crowley expulsou Smith (Veja O Renascer da Magia).

8 Não surpreendentemente, tendo em vista o fato de que a Segunda Guerra Mundial mal resultou em uma ‘paz’ incômoda.

9 Carta para Cameron Parsons datada de 5 de outubro de 1949.

10 Parsons conheceu Marjorie Cameron, ou Candida como ele a chama em suas cartas, em 1946, um ano antes da morte de Crowley. Ela se tornou a esposa de Parsons por um breve período.

11 Liber Samnekh: Congressus cum Daemone. Veja Magick, pp. 335-383. Crowley considerou este ritual um dos mais potentes existentes. Ele evoca a força de Samekh (60) simbolizada pela Pedra dos Sessenta. Veja a página 34.

12 Veja Sumerian Mythology (Mitologia Sumeriana), S. N. Kramer.

13 Veja Liber Oz vel LXXVII (Crowley, 1942). Foi reimpresso várias vezes.

14 Ele mais tarde integrou isso com a Ordália do Abismo e sua Travessia.

15 Parsons era um cientista de foguetes a jato. Ele deixou cair um frasco de fulminato de Mercúrio e se explodiu em pedaços. Veja O Renascer da Magia para um relato de suas relações com W. T. Smith, Cameron Parsons e L. Ron Hubbard, que atuou como escriba durante o Trabalho de Babalon.

16 Quando a Loja Nova Ísis foi fundada, ou seja, 1955. A ‘criança’ era a Estrela de Babalon, e a Loja foi fundada para canalizar suas radiações. Veja infra.

17 Cf. A fórmula de Spare do Ressurgimento Atávico e, em um nível mais físico do que metafísico, a teoria da Reversão Protoplasmática mencionada por Arthur Machen.

18 Um termo que denota o tipo particular de magia praticada por Crowley e sua escola.

19 Veja Aleister Crowley e o Deus Oculto, capítulo 1.

20 Escrevendo em 1949, Parsons declarou: “E dentro de sete anos deste tempo [ou seja, entre 1949 e 1956] Babalon, a Mulher Escarlate Hilarion, se manifestará entre vocês, e trará este meu trabalho à fruição”. (Manifesto do Anticristo [Parsons, 1949]).

21 L. Ron Hubbard, vidente de Parsons no Trabalho de Babalon, comunicou a Parsons em 1946 que ele “se tornaria uma chama viva antes que Ela se encarnasse”. Isso provou ser literalmente verdade.

22 Ou seja, os Mistérios do XI° da O.T.O.

23 Uma caixa preta é mencionada por Parsons em seu relato do Trabalho de Babalon.

24 Para considerações relativas a Lam, ver Outside the Circles of Time (Fora dos Círculos do Tempo, 1980). Note que o número desta entidade extraterrestre é 71 o reverso e reflexo de 17.

25 O filho mágico de Aleister Crowley por Sóror Hilarion. (Veja Cultos da Sombra). Observe a ressurreição de Hilarion por Parsons na carta a Cameron citada na nota de rodapé 20, p.22.

26 O acesso a Chorazin encontra-se através do Túnel de Qulielfi. Veja Nightside of Eden (O Lado Noturno do Éden), p. 239.

27 Ou seja, a Corrente Dupla formada por Hórus/Maat, conhecida tecnicamente como 93/696.

28 Veja Outside the Circles of Time, cap.4

29 Veja Magick (Crowley), apêndice II, para um relato dos Graus da A.’. A.’. (Artigo intitulado “Uma Estrela à Vista”).

30 Seu local de nascimento foi Belle Plain, Iowa.

31 Veja Cultos da Sombra, cap.8.

32 Publicado no The Cincinnati Journal of Ceremonial Magick, vol. 1, No.3.

33 Reproduzido em Nightside of Eden, placa 2.

34 O Sr. Bertiaux me informa que este lago é “ponto médio entre o Lago das Tartarugas, o Lago das Aranhas e o Rio Negro” (Wisconsin). (Comunicação privada datada de janeiro de 1976).

35 Diz-se que esse fenômeno pressagia a presença dos Grandes Antigos. O título original do Necronomicon – Al Azif – é, de fato, uma referência direta a este fenômeno, “azif sendo uma palavra usada pelos árabes para designar o som noturno (feito pelos insetos) que se supõe ser o uivo dos daemons, ou demônios”. (Lovecraft, citado por Conover, p106).

36 Veja Cultos da Sombra, cap.8

37 Escrito a um Irmão e datado de março de 1949.

38 p. xxxix.

39 Magick, p.406.

40 Traduzido por Arthur Machen e citado em seu The Novel of the Black Seal (O Romance do Selo Negro).

41 IXAXAAR = 10+60+1+60+1+1+200 = 333.

42 Esotericism of the Popol Vuh (O Esoterismo do Popol Vuh), p.274.

43 Ibid p.274.

44 Ver vários exemplos dados por H. P. Lovecraft e, em particular, “The House on Curwen Street (A Casa na Rua Curwen)”, de August Derleth.

45 Estes eram principalmente “A Marca da Besta” e o “Rubi Estrela”. Veja Magick, apêndice 6 (edição RKP).

46 Estes incluíam Mary Butts, Cecil Maitland, Jane Wolfe, C. F. Russell.

47 Veja a invocação de Hécate no Orpheus (Orfeu) de Crowley.

48 Veja The Holy Books (Os Livros Sagrados), republicado em 1969 com um prefácio de Israel Regardie.

49 Deve-se entender – e esta é uma regra geral – que as correspondências numéricas não denotam identidade ou mesmo igual valência; elas, no entanto, sugerem 2 elos mágicos ou pontes entre os conceitos envolvidos. A compreensão de qualquer um desses conceitos, portanto, facilita a compra de outros.

50 370 + 609 + 374 + 11 = 1364, “A Estrela de Prata”.

51 Ilyarun = ILIORVN = 10+30+10+70+200+6+50 = 376.

52 Abrasax = ABRAShATz = 1+2+200+1+300+1+90 = 595.

53 Sefekh = ShPChH = 300+80+8+5 = 393.

54 Sefekh é a Deusa por excelência; neste caso Nu-Ísis. Veja Nightside of Eden, pt.II. cap.3.

54 341 = ‘O Nome’. Multiplicando-se por 4, o Nome se manifesta ou se materializa.

55 Liber 777 Revised, p.xxv.

56 Veja Outside the Circles of Time, p.79.

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